quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Enigma do amor

ENIGMA DO AMOR
MURILO MENDES

Olho-te fixamente para que permaneças em mim.
Toda esta ternura é feita de elementos opostos
Que eu concilio na síntese da poesia.
O conhecimento que tenho de ti
É um dos meus complexos castigos.
Adivinho através do véu que te cobre
O canto de amor sufocado,
O choque ante a palavra divina, a antecipação da morte.

Minha nostalgia do infinito cresce
Na razão direta do afastamento em que estou do teu corpo.

Nenhum comentário: