quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Pela Paz!!!!!!!!!!

Pela Paz!!!!!!!!!!!!



No dia 1º de Janeiro comemoramos o início de um novo ano e celebramos o Dia Internacional da Paz.
Por ser o dia da Paz, elevemos nosso pedido para que encontremos a própria paz interior. Estando em paz com nós mesmos poderemos talvez um dia ter a paz no mundo.
Sendo o início de um novo ciclo, desejo-lhe um ano de encontros e reencontros, um ano de construção da esperança e de realização de sua própria paz.
Que você esteja em paz!

Hernandez

“�Embora não pareça, nossa existência
é como um abrir e fechar de olhos.
É realmente muito rápida e fugaz.
Entre sonhos e esperanças,
alegrias e tristezas, tudo passa.
É importante encher de muito amor
cada instante da vida, até atingir a
plenitude de uma vida só de amor.� “

Pela Paz!!!!!!!!!!

Pela Paz!!!!!!!!!!!!



No dia 1º de Janeiro comemoramos o início de um novo ano e celebramos o Dia Internacional da Paz.
Por ser o dia da Paz, elevemos nosso pedido para que encontremos a própria paz interior. Estando em paz com nós mesmos poderemos talvez um dia ter a paz no mundo.
Sendo o início de um novo ciclo, desejo-lhe um ano de encontros e reencontros, um ano de construção da esperança e de realização de sua própria paz.
Que você esteja em paz!

Hernandez

“�Embora não pareça, nossa existência
é como um abrir e fechar de olhos.
É realmente muito rápida e fugaz.
Entre sonhos e esperanças,
alegrias e tristezas, tudo passa.
É importante encher de muito amor
cada instante da vida, até atingir a
plenitude de uma vida só de amor.� “

Desvios da estrada

Desvios da estrada



O último grito ouvi de mim
antes de arredar-se a coragem
e meus olhos irem-se
desbravando a fuga
e tecendo o desespero.
Voltar não rimava com nada
e vagueei por estradas
sem nortes de idas,
sem vindas avistadas.

Ir-me era melhor do que ficar
e fui!
Hoje chego-me cedo do que tardeei
e apenas porque cheguei
acho de voltar-me.

Não gritarei mais.
E o silêncio, a arma,
devo entregar às estradas deixadas

por onde nunca cruzei.



Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 26/12/2007
Código do texto: T792174

Versos voados

Versos voados

Turvam-se idéias
passam-se palavras
e a lavra fica
admirando inércias
curvando-se na fresta
dessa luz do sol entrada
em prosa e brecha!
Escrevo com um carinho escondido
e atrevo-me a versejar de graça
pagando à rima,
beijando a prosa
e abafando a festa.

Há dias em o que escrevo não é meu
e foge-me tudo.
E meus versos desabitam a hora
e o meu silêncio se apavora
mas esses mesmos versos voltam e ficam!




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 25/12/2007
Código do texto: T791163


Palavra viva

Palavra viva

Minha palavra possui a cor da ânsia
e o gosto dos desejos
e inebria e grita e ama
e nela coabitam chamas
que a carne dos meus olhos beija.


O meu olhar é a libido de minhas mãos
e dele sai uma oração
quando meu corpo reza
e se apressa
e deserta!


Minha palavra é a orgia da boca,
é fantasia louca,
discípula da garganta
e por isso grita
e por isso ama
e por isso canta!





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 24/12/2007
Código do texto: T790311

Meu olhar dirá

Meu olhar dirá

Nada te direi de mim
além do que de mim te disser
o meu olhar...
Meu coração te sonda há tempo
sentindo o teu calar-se,
sem nada me dizer de ti
e do teu amor.
Nem que eu saiba,
de mim, nada te direi
nem aqui ficarei
pois já me vou.
Se quiseres de mim saber,
olha-me em um pôr-de-sol
ou no beijo que o rio dá no mar
quando se abraçam.
Se quiseres de mim saber,
pergunta ao meu olhar que passa
atentamente distraído
ao olhar teu.




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 22/12/2007
Código do texto: T788074

Minha amada lua

Minha amada lua



Eu queria amar a lua
do meio da rua
em noite de serenata.

Eu queria ser a noite
e ter a lua nua
entre meus braços
feito amante pura
e nela tecer doces aventuras
e amar sossegado.

Ah ! Como eu queria amar a lua,
ser seu amante,
enchê-la, secá-la...
ser seus minguantes,
e amá-la cheia,
desejá-la nova
e nas noites ser a sua prosa,
e mais amá-la em versos de alegria...




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 23/12/2007
Código do texto: T789189


De mar a mar

De mar a mar

O rum desértico de tua boca
é o álcool de minhas lágrimas
e a acidez do meu olhar
que para te amar
embriaga-se com água!

Guardo os tempos de tua alma
e lanço-me como oceano a comer rios
e sentir teu calafrio
quando o teu corpo sonda o meu
e há frevo em nossa cama.

Haveremos de muito beber
e em teu peito o meu peito ter
as palavras de tua pele aliviada
e por rum ou por cachaça
que se faça de nós, noutras estradas
caminhantes ao mesmo mar de volta,
cheio de água ou vódica,
por tudo, tudo embriagado!





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 18/12/2007
Código do texto: T782873

Palavras safadas


Palavras safadas
Minha voz quer ouvir teu corpo
e beijar teus discursos
e fazer amor com teu coração
como se o mundo fosse uma maçã
e, nós, anjos-vagabundos beijadores
na clara escuridão da lua,
amadamente nossa,
amadamente tua...
Ouve-me
e há tão prontas falas
a esperar-te cobertamente minha
entre lençóis e estripulias,
nos ventos de nossas águas
cheias de amores,
cheias de graças,
cheias de tudo,
das coisas que ficam,
das coisas que passam...




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 19/12/2007
Código do texto: T784384

Pedaços

Pedaços

Quebra-me
e adivinho em que pedaços vivo
entre o teu alvo
e a tua seta.
Ajunta-me
e vê que diferença faz
eu estar todo no teu inferno
ou apenas no meu céu
a te isolar
Independo-me de tamanhos
e de quantidades
porque sou a minha liberdade
feito pombo e mulher
no maior homem que pude eu ser
entre os teus e os meus pedaços
de algum anoitecer desluarado.
Quebra-me e ajunta-me
para te servir mais inteiramente lúcido
e amado,
e saberes que homem me foi devorado por ti...




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 20/12/2007
Código do texto: T785636

A oração do corpo

A oração do corpo

Os salmos de minhas orações
abrem-te os caminhos
dos meus carinhos
e dos meus botes.
Rezo indecorosamente
na ausência de Deus
como um forte fariseu pecando.
Meus desejos calçam 45
e meus pés podem usar brincos
e esconder-se dos olhos.
Não há o que temer
quando não quero crer
que, para se amar de tudo,
é preciso jogar fora os absurdos
e deixar a carne amar a carne
sem pecados.





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 21/12/2007
Código do texto: T786820



A oração do corpo

A oração do corpo

Os salmos de minhas orações
abrem-te os caminhos
dos meus carinhos
e dos meus botes.
Rezo indecorosamente
na ausência de Deus
como um forte fariseu pecando.
Meus desejos calçam 45
e meus pés podem usar brincos
e esconder-se dos olhos.
Não há o que temer
quando não quero crer
que, para se amar de tudo,
é preciso jogar fora os absurdos
e deixar a carne amar a carne
sem pecados.





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 21/12/2007
Código do texto: T786820



Entre luzes de amor

Entre luzes de amor



D’alva luz retiro o meu amor
e dou-te as salvas animadas
ardentemente apaixonadas
por tua alma.
Achega-te e dorme em mim
e sonha entre nós dois
e tudo o que há de vir depois
ser-nos-ão tão lindos sonhos.
Do meu peito dou-te a vida
e se és por mim amada,
nunca serás esquecida
porque o nosso amor é-me eterno.
D’alva luz ponho as luzes minha
em tuas alvas preces de euforia
quando o teu coração abraça o meu
e nós em nós tão apaixonados.




Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 27/12/2007
Código do texto: T793361

Entre luzes de amor

Entre luzes de amor



D’alva luz retiro o meu amor
e dou-te as salvas animadas
ardentemente apaixonadas
por tua alma.
Achega-te e dorme em mim
e sonha entre nós dois
e tudo o que há de vir depois
ser-nos-ão tão lindos sonhos.
Do meu peito dou-te a vida
e se és por mim amada,
nunca serás esquecida
porque o nosso amor é-me eterno.
D’alva luz ponho as luzes minha
em tuas alvas preces de euforia
quando o teu coração abraça o meu
e nós em nós tão apaixonados.




Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 27/12/2007
Código do texto: T793361

segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Liberta-me

Liberta-me



Meus sonhos...
Pegue-os do chão onde os atirastes,
E que por egoísmo teu, ignorastes!
Cole os pequenos pedaços de minha alma que deixastes trincar!
Pare de com meus sentimentos brincar...
Reconstrói minha vida, minha esperança,
Restitui meu sorriso criança,
Devolva-me a auto-estima,
Aquela na qual pisastes em cima!
Salva-me de teus próprios medos,
Poupa-me de teus segredos
Livra-me de ti!
Liberta-me!


Tania Lemke

Feliz Natal!!!!!

FELIZ NATAL!!!!!!!!!!

A Você



Que o maior presente neste Natal seja estar junto com as pessoas que gostas, tendo ou não consangüinidade.
O presente que recebas não seja somente o bem material, mas algo que vá além, que seja mais próximo do que o aniversariante nos ensinou!



Hernandez

sábado, 22 de dezembro de 2007

A ti responderei! Resposta à Soraia.

A ti responderei!
Resposta à Soraia


Tens um olhar meigo e sonhador,
Olhas como nenina,
mas enxerga como mulher.
Como descendes de tribos nômades,
Teu olhar fita o infinito,
Deixando transparecer o ardor do amor!
Teu olhar denuncia e ao mesmo tempo
Nos faz imaginar quais enigmas esconde
Por trás de tão fino véu.
Negas, mas tens no olhar do desejo,
O desejo de amor ardente!

Hernandez, Aparecido Donizetti
22.12.2007 – para Soraia.

Meu olhar dirá

Meu olhar dirá

Nada te direi de mim
além do que de mim te disser
o meu olhar...
Meu coração te sonda há tempo
sentindo o teu calar-se,
sem nada me dizer de ti
e do teu amor.
Nem que eu saiba,
de mim, nada te direi
nem aqui ficarei
pois já me vou.
Se quiseres de mim saber,
olha-me em um pôr-de-sol
ou no beijo que o rio dá no mar
quando se abraçam.
Se quiseres de mim saber,
pergunta ao meu olhar que passa
atentamente distraído
ao olhar teu.




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 22/12/2007
Código do texto: T788074

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Supérfluo e necessário

SUPÉRFLUO E NECESSÁRIO


Uns queriam um emprego melhor;
outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta;
outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena;
outros, apena viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos;
outros, ter pais.
Uns queriam ter olhos claros;
outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita;
outros, falar.
Uns queriam silêncio;
outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo;
outros, ter pés.
Uns queriam um carro;
outros andar.
Uns queriam o supérfluo;
outros, apenas o necessário.



(Chico Xavier).

Amor afiado


Amor afiado
O meu amor é alvo doce
e passadas que não chegam,
é oração para santos vivos,
é coisa séria para brincadeiras,
é a vontade de abraçar o mundo
e de ver em teus olhos fundos
o mais fundo de minhas mágoas.

O meu amor é o perfume do mato
quando a chuva molha a terra
e o tempo alegre cria.
E é o vento manso de certas ventanias
que gosto de sentir no rosto
e é a água pouca do fundo do poço
nas cheias de minhas agonias
e é ele o que o meu coração tece
e minha alma o fio afia...




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 16/12/2007
Código do texto: T780415

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Natal à beira-rio

NATAL À BEIRA-RIO


É o braço do abeto a bater na vidraça?
E o ponteiro pequeno a caminho da meta!
Cala-te, vento velho! É o Natal que passa,
A trazer-me da água a infância ressurrecta.
Da casa onde nasci via-se perto o rio.
Tão novos os meus Pais, tão novos no passado!
E o Menino nascia a bordo de um navio
Que ficava, no cais, à noite iluminado...
Ó noite de Natal, que travo a maresia!
Depois fui não sei quem que se perdeu na terra.
E quanto mais na terra a terra me envolvia
E quanto mais na terra fazia o norte de quem erra.
Vem tu, Poesia, vem, agora conduzir-me
À beira desse cais onde Jesus nascia...
Serei dos que afinal, errando em terra firme,
Precisam de Jesus, de Mar, ou de Poesia?

David Mourão Ferreira

domingo, 16 de dezembro de 2007

Dou-te o rumo

Dou-te o rumo

Destas águas tiro-te suja
e entre agonias brutas
como se verdadeira não o fosses
nem vivesses.
Máculas tantas em ti há
que o meu manso olhar
já não te avista limpa.
Entrego-te um arco-íris,
empresto-te meu coração
e peço-te, ama o mundo
e te esquece desse lodo imundo
que parasita a tua alma torta,
hoje sem estrada nem volta,
fora de sentido e direção.
Enfim...
dou-te meu lúcido coração
e, de sobra, leva-me também a alma.




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 15/12/2007
Código do texto: T779121

Queria esse beijo


Queria esse beijo

Queria beijar
as palavras loucas
desta tua boca
tão docemente beijada
por mim
e pela minha.
Quando eu te beijo,
eu oro
e quando eu te abraço,
me furo
com teus espinhos emprestados
do que não és,
quando sã me sobrevoas.
Queria beijar-te
e com o doce do teu beijo
perfumar-me
e ser tão teu quanto meu
e suportar-te.
Encosta teus lábios
em minha pele
e segue o que tua alma pede
e nada me negues
mas me guarda!




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 14/12/2007
Código do texto: T777653

Falavam-me de amor

FALAVAM-ME DE AMOR


Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.


Natália Correia

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Um Poema de amizade



Um Poema de Amizade...



Um poema eu te ofereço
Como prova de amizade
Repleto de felicidade
Pois sei, isto não tem preço

Uma frase bem descrita
Que me sai do coração
Vem falar da gratidão
Por tê-lo em minha vida

Uma amizade sincera
É capaz de transformar
O verão na primavera
O deserto num pomar

A amizade planta a união
Nasce a paz brotando flor
Perfumando o coração
Com o aroma do amor


Poema escrito por
[Charlyane Mirielle e Edgar Ramalho]

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Hibernagens



Hibernagens



Hiberno o teu inverno
dentro de mim
passeando a sol aberto
e gritando no silêncio morno
ou semimorto
destes meus versos.

Abstrata me é a carne
e é por isso que vivo a poesia,
essa razão fina de minha vida
e toda a rima de minha vontade.

A poesia é tenda
e verso é alma,
é o que me agita
e me acalma.

As estações primaverizam em meu peito
acordado e satisfeito
e cheio de medos.
Hiberno por mim com o meu inverno,
eterno inferno...
e pleno céu.
Tudo habitado.


Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 13/12/2007
Código do texto: T776181

Basta um toque

BASTA UM TOQUE



O toque de minhas mãos
te provoca reações,
evoca tuas emoções,
aviva teus sentimentos,
te dá vida e calor.

O toque de minhas mãos
acende as tuas chamas,
ouriça todos teus poros,
fazendo teus olhos brilharem,
tal qual os raios do sol.

Com a palma de minhas mãos,
massageando teu corpo,
eu provoco o teu querer,
que eu vá além de um toque,
que te possua inteira.

E assim a noite começa,
com beijos, abraços, amassos,
com troca de muito carinho.
Uma noite bem gostosa,
repleta de muito amor.

(José Maciel)

Tu não partirás...

- Tu não partirás...ficarás sempre por aqui,
porque um dia eu te amei.

- Fixei-me na certeza dos teus olhos
e estás, para além da morte, dentro de mim.

Disse docemente a realidade para o sonho.

- Partirá o sal colocado no pote
posto à soleira da janela para ser lavado
pelo sangue do trovão nos momentos de fúria.

- Partem os gemidos e aromas do prazer vulgar
em águas turvas...
Ou em papel absorvente levado pelo vento,
preso ao arame farpado a se desmanchar,
como se desfaz a beleza na entrega sem amor.

-Tu não partirás...ficarás sempre por aqui,
porque um dia eu te amei.

- Fixei-me na certeza dos teus olhos
e estás, para além da morte, dentro de mim.

Disse docemente a realidade para o sonho.

(Antonio Miranda Fernandes)

Sonho de Natal

Sonho de Natal




Tantos planos feitos
Muitos desfeitos
Por muitos defeitos
Perdi a formula da felicidade
Que tinha conseguido
No Natal passado
Alguém roubou a de mim
Só recordo duma coisa
Você era parte da formula
Cá estou novamente
Tentarei refaze-la
Para que neste Natal
Seja o começo da alegria
do ano novo que se inicia
Quero lhe abraçar
E falar
Feliz Natal...
E boas festas
Esteja ao meu lado
para vivermos
o Sonho de Natal...


Ledemir Bertagnoli

Poeta Paulista

Publicado no Recanto das Letras em 13/12/2007
Código do texto: T776137

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Concerto para corpo e alma !



CONCERTO PARA CORPO E ALMA!


Rubens Alves

Compreendi, então,
que a vida não é uma sonata que,
para realizar a sua beleza,
tem de ser tocada até o fim...
Dei-me conta, ao contrário,
de que a vida é um álbum de mini-sonatas...
Cada momento de beleza vivido e amado,
por efêmero que seja,
é uma experiência completa
que está destinada à eternidade...
Um único momento de beleza e amor
justifica a vida inteira...

Alma gêmea de minha alma




Alma Gêmea de minha alma,
Flor de luz de minha vida,
sublime estrela caída
das belezas da amplidão.

Enquanto eu errava no mundo...
triste e só, no meu caminho chegaste,
devagarzinho e encheste-me o coração.

Vinhas nas bênçãos das flores,
da divina claridade, tecer-me a felicidade
em sorrisos de esplendor!!
És meu tesouro infinito.

Juro-te eterna aliança.
Alma gêmea de minha alma...
Se eu te perder um dia,
serei tua escura agonia.

Se um dia me abandonares...
luz terna dos meus amores,
hei de esperar-te, entre as flores
da claridade dos céus.


Emmanuel

Renascer

Renascer
Claudia Gonçalves

Vida a florir...
Em vertente clara,
Fragmentos de verão
Vazio em ecos
Descortinando sentidos
O sonho renascendo,
De retalhos...
Pássaros em cores...
Vôo sonoro
De alma livre...
Cirandando a luz
De pirilampos
Num denso desfiar
De emoções.

Não há distância...Que nos separe

Não Há Distância... Que Nos Separe

Não há distancia
Que me vá fazer separar
Daquele que roubou o meu coração
Capturou os meus sentidos
E que me faz flutuar neste oceano infinito
De certezas e incertezas
As quais abraço com uma sofreguidão serena
E uma tranquilidade de quem beija o seu destino
Mesmo que ele consiga ser tão perverso
Como esse mundo do qual me abriga
Os contornos majestosos do seu perfil
Fazem-me viajar no tempo
Perder-me naquele rosto antigo
Que para mim é tão familiar
As suas mãos grandes e rudes
Prendem-me com paixão
Quando as sinto viajar em mim
Sinto-me desfalecer...
Apenas ao sentir a sua presença
Sinto um rubor na face
Um embaraço total
No sentir, no contemplar
Juntos conquistaremos o mundo
Seremos aliados
Eu serei a sua espia
Ele será o meu protector
E criaremos um universo paralelo
Desenhado por nós
Pintado a rigor
Decorado com as cores
Do arco-íris
Do nosso amor...

S/A


DEUSA ESCORPIÃO

Lua

Lua

De Márcia Braga

Lua, linda, nua, reluz no meu corpo iluminando minha alma,
Lua leve, linda , majestosa ilumina a trilha tão sonhada
Lua alva, branca, pura, que me retrata e reflete a silhueta
de uma mulher despida de brilhos,
pois, você é seu próprio briho
E no céu ela ilumina e no corpo ela se mostra na
sensualidade de duas estrelas que se unem no
seu próprio e louco reflexo...

Lágrima

Lágrima

Sente,
apenas sente
essa lágrima
quente,
semente
de solidão,
gota de saudade.

Sente
esse meu sentir
nesta soledade
e diz
o que sentes
na distância
que essa lágrima
invade.

Sente
porque não falo,
apenas choro,
e saberás que
o amor
pode ser
o que se sente
numa lágrima
que deságua
de repente.

DA

Amigo...

Amigo...
(Marilena Frade)

Amigo é o horizonte mais sereno ao amanhecer.
é o sol que se põe brilhante, ao anoitecer.
É ternura, entusiasmo, é renascer a cada dia,
ser fiel a quem se quer na amizade que principia!

É aconchego, descanso,
é porto seguro, sempre futuro.
é guarida, a sinceridade que a alma sustenta,
é um ombro a mais que debruça,
que ampara e alimenta!

Amigo é o vinho que não embriaga,
mas que anima.
é o calor que não queima, aquece!
é o amparo e o sossego. Em tudo combina!
Alguém que silencia, mas nunca emudece.

É o remédio pra todos os males.
É o degrau mais alto de uma escada infinda!
Alguém que sempre bate à porta.
Quando? a qualquer hora! não importa!

Amigo é o melhor caminho pra ir e voltar,
pra sorrir e saborear em todos os momentos:
no silêncio, na alegria...
E num olhar sorrateiro,
há sempre um amigo a desejar!

O cubo mágico

O Cubo Mágico.•` *♥¸.•´

A tua expressão serena
Presa na minha mente
Numa constância permanente
Decorei os teus traços
Como quem decora
A tabuada mais simples
E vão se repetindo
Nos meus pensamentos
As tuas expressões faciais
Os teus movimentos corporais
Tudo em ti é doçura, ternura
O modo como olhas os objectos
Os seres vivos e a natureza
Em ti não há matemática, equações
È apenas entender as ciências da natureza
E lá estás tu, por inteiro
Como vieste ao mundo... despido!
És como um cubo mágico
Levamos um tempo a decifra-lo
É só acertar as peças no sitio certo
Mas elas misturam-se, e misturam-se
Porque nós somos complicados
Nós, e não o cubo
Ele tem a sua ciência
E acabamos por tirar os autocolantes
E cola-los no sitio certo
Porque não temos a paciência de decifra-lo
Eu quero dar as voltas que for preciso
Até que me doam os pulsos...

Tatooblue

Procuro um amor


PROCURO UM AMOR


Dizem que eu vivo,
Neste mundo isolado,
Tão sozinho e amargurado,
Sem amor e sem paixão.

Que a tristeza esta em mim,
Dentro do meu coração.
Como um rio que não tem fim,
Só de mágoa e solidão.

Com certeza em meu caminho,
Eu me encontro sem carinho,
E eu nem sei como sair.

O que eu preciso é de alguém,
Que me ame e queira bem,
Para poder me conduzir.

Escrito por elciomoraes

Amor dito


Amor dito

Onde o teu amor planta, eu colho
de mansinho
e de molho
no sobrolho de um lindo olhar
que mora comigo.

Onde eu te amo, nunca estás
e é por isso que é demais
chorar para te esperar chegada.

Cavalgo abrindo o mato escuro
de tua clareira
cheia de indiferença e de asneiras
que proíbe teu coração de fazer
mas fazes.

Onde eu te vejo não te enxergo
mas o que é mais forte em mim
é que o meu amor jamais te nega:
é sincero!





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 11/12/2007
Código do texto: T773412

Barco traz

barco traz

Venho de tão longe
em busca de você
e de teus oceanos.
Sei que o mar mora longe de ti
mas se venho aqui
é porque te amo tanto.
Navega-me na carne
e planta em minha alma tuas flores
que quando a madrugada vier
ainda que em ti seja dia
haverá entre nós todas as alegrias pousadas
que barqueiam desnaufragadas
nessa esperada felicidade tardia:
nesse amor de mulher
ou nesse amor de homem...




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 12/12/2007
Código do texto: T774666

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Fórmula da Paz

Fórmula da Paz


Amigo, desperta e vive,
Na Terra, a vida é batalha,
Em que o maior vencedor,
É aquele que mais trabalha.

Há dúvidas amargosas
Cortando-te o coração?
Procura diminuir
As dores de teu irmão.

Reparas, angustiado,
Teus sonhos ao desabrigo?
Há milhões na retaguarda,
Rogando-te o braço amigo.

A calúnia visitou-te
As fibras de lutador?
Intensifica, sem mágoas,
A sementeira do amor.

Há campo para a tristeza
Em tua vida mental?
Age sempre, combatendo
A sombra, a miséria e o mal...

Desânimos infecundos,
Moléstias daquilo ou disso
São todos remediáveis
Pela expansão do serviço.

Se pretendes a vitória
Da vida ditosa e crente,
Ajuda sem distinção
E serve constantemente.

Casimiro Cunha
/Psicografia de Chico Xavier

Tão simples

Tão simples

Em minha face
nascem virilhas que enxergam
os olhos descalços
dos teus decotes
de mulher daninha
que quando faz amor
quebra-me as espinhas
e sangra por mim quando gozas.

Entre minhas coxas há teu santuário
e entre andores e falos
teço em conversas nossa amizade
que sabe levar-nos à cama
sem fronhas, sem dardos, sem lanças.

Em minha face está a tua face
a comer alfaces e abrobinhas...





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2007
Código do texto: T767178

Vou por aí

Vou por aí

Ando por entre pedras e espinhos
de veredas alheias
trazendo a carne nua e devassa
como se tirando as calças
pudesse eu esconder meus calos
e distrair os alvos
e setar-me apaixonado
por entre desejos,
sob medos
mas sobre uma grande vontade!

Trago comigo n’alma
os ouriços do sangue
e as distâncias perversas
que, sem os alardes das festas,
tecem prantos,
causam espantos,
pecam e rezam.


Ando por onde não anda ninguém
e ninguém sabe...




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 07/12/2007
Código do texto: T768253

Aragem Santa


Aragem santa

Aro a minha pele
com arados viciados
dados a beijos abraçados
e carinhos forasteiros.

Teu corpo, essa minha terra,
encerra encantos
doces e salgados,
descansados e maltratados,
ficadores e fugidios.

Nos teus sulcos planto-me
para te nascer anjo
e destruir meu paraíso
e viver no teu,
como um dócil ateu
a amar corpos e santos!




Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 08/12/2007
Código do texto: T769500

As fontes de prazer


As fontes de prazer

Minha fonte ensopa o teu telhado
de vidro e de carne,
de desejo e de medo,
de vinho e de água
quando descubro dentro de mim
que meu deus é catártico
e que minha carne sente sede.

De tudo falo aos teus ouvidos,
mandam-me os falos
de um sussurro ao grito
como se quisesse lembrar-te a vida
esquecida nos pêlos de tua pele
singela e mansa,
carente e louca.

E continuo alimentando a fonte
e dando-te os oásis de um horizonte
que há dentro de minhas pernas,
essa cisterna de felicidade.
Minha fonte, é a tua, seca...
ajuntada com a solidão
que não te quer mais parada
mas a gritar sobre o meu peito!



Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 09/12/2007
Código do texto: T770805

E será tarde

E será tarde

Em meus olhos há estrelas
luzes e distâncias
e um único amor
tecido,
guardado
perdido,
doirado e lindo!

Quando quiseres voltar,
eu já estarei cheirando a terra,
desabitado entre os vermes
e longe da alma.
Mas deixo-te minha poesia
a lembrar-te o meu imenso amor
que mesmo a sentir uma grande dor
dormiu descansado
perdoando... tudo...
sem saber se fui por ti perdoado.





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2007
Código do texto: T772074

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Vida

Vida.
Éter.
Esfera de plasma.
Raios-X?
Desinfecção!

Convulsão!
Descaso de enfermeira
Que não gosta da emoção.

Ah! Certamente não haveria
Um sol malvado a secar
Suas feridas.

Ironia... Como se faltasse
Doente em vosso quarto...

Roguei de Joelho!
Dentro da noite...
Eu me desfaço.

Acabe com a minha ilusão!
Mata-me, mas não da sua ausência!
Era tudo um sonho...
Não quero morrer, nas mãos desta paixão.



De Magela

Eu te vejo

Eu te vejo

Mansa paixão,
mansa de tudo
e apenas o coração ama
mas o olhar se engana
com o que não se esconde
e mostra-se.

Atrás dos meus desejos
há um certo medo,
um broto cego de vontade
que próximo de ti se afasta
e a face triste chora,
os lábios trêmulos se apavoram,
mas no meu peito
guardo a tua ausência ficando...
e o nosso amor indo embora...





Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 05/12/2007
Código do texto: T765723

Tão simples

Tão simples

Em minha face
nascem virilhas que enxergam
os olhos descalços
dos teus decotes
de mulher daninha
que quando faz amor
quebra-me as espinhas
e sangra por mim quando gozas.

Entre minhas coxas há teu santuário
e entre andores e falos
teço em conversas nossa amizade
que sabe levar-nos à cama
sem fronhas, sem dardos, sem lanças.

Em minha face está a tua face
a comer alfaces e abrobinhas...





Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 06/12/2007
Código do texto: T767178

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Enquanto o coração dispara

Enquanto o coração dispara



Por um instante pensei ter visto
um cometa de assombro
a rua se iluminou
um gato saltou no espaço
meu coração cismado
esperou um pouco
para sair em disparada
toda luz vinha do teu olhar
teus olhos fulminaram a minha solidão
depois de alguns instantes
pensei ver tua boca sorrindo
para minha ilusão
ergui um sonho
e pendurei-o numa nuvenzinha
que passava
esperei um pouco
coloquei a mão no peito
e ouvi tua voz sussurrando
- amor, amor, amor...

Carlos Gildemar Pontes

Visões



Visões

Eu vejo a minha voz andando
e minhas pernas segurando o tempo,
um tempo de ficar!

Envelhece-me a voz
e herdo a praga que se apaga
e morre-me o que já nasce pobre
e dói uma dor
e é diferente a lida
e esqueço que não se convidam
a fome e a comida à mesma mesa.

Eu vejo teu olhar chegar
e trazer-me tristezas tantas
que o que há agachado se levanta
e meu sorriso chora
e o meu silêncio fala!





Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 27/11/2007
Código do texto: T754573

Definições



Definições...



Defino-te
por teus perfumes refinados
na pele do que admiro
em ti.
Sinto-te minha
e transpassada em minha alma
e visitada com o coração
que abraçado em tuas mãos
navega amado.
Defino-te assim...
sei lá se és só minha
mas o meu olhar recria
o que desejo ver no teu
que assim como o meu
viaja apaixonado
por entre outros olhares consentidos
que sendo dos nossos mais um amigo
define a nós
como duas almas reachadas.



Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 30/11/2007
Código do texto: T758922

Fim da viagem



Fim da viagem



Nesta praia
vês o meu testemunhal encalhe
e a providencial vontade
de ficar-me em teu cais.

Minha viagem apenas chega em ti
de onde não quer mais sair
e por isso fica!
Sinto-me um náufrago no teu amor
e doutros cais que fujo
não me descansa a dor
ao saber que o teu amor
muito mais do que o meu viaja!

Navegas em rumo diverso
e saudades ondulam no meu peito,
sentem que de ti e por mim
submerge-me forte desprezo
e mais fácil é o mar secar
do que em teu coração eu entrar
e ser por ele amado.



Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 01/12/2007
Código do texto: T760233

Amor socializado

Amor socializado


Quando me desejo abraçado,
abro os braços alheios
e adentro satisfeito
como se morasse mais de um
neste meu peito.

Procuro mais teu corpo
quando me visito amado,
achando o sabor do corpo teu
que como o meu
também se alegra aconchegado.

E entre abraços, o teu e o meu,
sou-te feliz e tu a mim o és
e, sem nada achar ruim,
vivo a teus pés,
subordinando os meus desejos felizes
entre nossos beijos
como num grande amor socializado.




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 02/12/2007
Código do texto: T761526

Os versos criados

Os versos criados


Dentro dos meus poemas
canto a vida
com a voz da felicidade
e se versejo as lágrimas,
não me é por vontade,
mas pelos versos tristes que me chegam
sentindo de mim saudades.

E se noutros apago tudo,
é quando estou cantando o mundo
e, desgostosamente surdo,
barulho com outras palavras
o que não me deixa ser manso
e amar de verdade
as verdades todas da vida.

Em meus poemas eu vivo a alegria
mesmo que neles ponha apenas a fantasia
do que sonho acordado,
mas faço assim mesmo
esses versos roubados d’alma
que fora da minha vivem
cheia de dores e de felicidades.




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 03/12/2007
Código do texto: T762902

Sem tempo

Sem Tempo.



Correndo contra o tempo, vivo sem tempo,
Com o coração nas mãos e saudades de você
Escrevo em meu diário, lágrimas de amor perdido
Neste emaranhado de caminhos entrelaçados.

Rompo todas as barreiras na loucura de ver seu rosto,
Mas falta-me forças para encarar o meu destino sozinho
E nas entrelinhas de seu corpo inspirar-me em sua fragrância
Que a distancia nos impõe e nos obriga a esta separação.

Tempo...tempo, vivo a implorar o seu regresso das tardes
Lindas sob as águas da cachoeira, a banhar nossos corpos
E dos momentos de amor vividos e esperados, mais uma vez.



Sávio Assad

Sem tempo

Sem Tempo.


Correndo contra o tempo, vivo sem tempo,
Com o coração nas mãos e saudades de você
Escrevo em meu diário, lágrimas de amor perdido
Neste emaranhado de caminhos entrelaçados.

Rompo todas as barreiras na loucura de ver seu rosto,
Mas falta-me forças para encarar o meu destino sozinho
E nas entrelinhas de seu corpo inspirar-me em sua fragrância
Que a distancia nos impõe e nos obriga a esta separação.

Tempo...tempo, vivo a implorar o seu regresso das tardes
Lindas sob as águas da cachoeira, a banhar nossos corpos
E dos momentos de amor vividos e esperados, mais uma vez.



Sávio Assad

Fingindo



Fingindo

Finjo amar-te
quando engano os teus olhos
com o inverso do meu discurso
que sai de minha boca surdo
e ainda o ouço declamando
os versos que não fiz pra ti.

Finjo amar-te
quando não passeio em tua pele
ávida da minha
e deixo-te ao deus dará
qual deglutida erva daninha,
qual veneno tragado,
a morte tua,
essas lívidas mentiras minhas.

Finjo amar-te
quando sou menor que a alma
e apenas minhas tronchas falas
procuram-te para desdizer mentindo
sem deixar que o meu amor te sentindo
ache por nós dois apaixonar-se.





Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 04/12/2007
Código do texto: T764218