terça-feira, 29 de setembro de 2009

PORQUE FOSTES EMBORA?

PORQUE FOSTES EMBORA?

Aparecido Donizetti Hernandez


Porque fostes embora?
A via como uma miragem?
Ou era realidade?
Era um sonho?

Não pode ser, era realidade,
Nada foi tão belo, sinto ainda
O cheiro de seus cabelos
Com perfume de Gardênia,

Sinto o gosto de sua boca,
O seu hálito com cheiro de Jasmim.
Sinto sua presença,
Com leves toques de suas mãos suaves
E seus longos dedos.

Fostes embora
Como embora vai a flor da Dama-da-Noite,
Que se não estivermos atentos,
Não contemplamos sua beleza
E seu aroma.

Mas sei que voltarás no novo ano,
Como volta as andorinhas no verão,
Como a sabiá - que sabe onde encontrar segurança e abrigo.
Continuo à sua espera...
Não pode ter sido somente um sonho!

REVISTA A GRUTA DA POESIA
http://www.caestamosnos.org/Revista_A_Gruta_da_Poesia/Setembro_2009.html

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Nietzsche

Hah! chegar a dignidade
Dignidade virtuoso! Dignidade europeu!
Sopro, golpe novamente,
Fole da virtude!
Hah!
Uma vez mais, rugido,
rugido moralmente!
Como um leão moral
Roar antes das filhas do deserto!
Para virtous uivar,
Minhas meninas mais charmosas,
É mais do que qualquer outra coisa
Fevor Europeia, a fome voraz Europeia.
E lá estou até hoje
Como um europeu;
Eu não posso fazer outra coisa, Deus me ajude!
Amen.

(Nietzsche)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Na Mesma Estrada

Na Mesma Estrada
















Caminhava na escuridão...
Sempre pensei que caminhava só!
Caminhava, sem saber que você,
Estava no mesmo caminho.

Trilhávamos juntos a mesma estrada.
Eu na escuridão;Você uma Luz que
Levou-me ao meu destino.


Nas estradas da vida...
A caminha da Luz, todas as estradas
Do bem levam ao Senhor!

Aparecido Donizetti Hernandez
24/setembro/2008
02h23

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Coragem

Coragem



Quando estiverem secas
todas as pétalas das rosas de seus sonhos
e restarem apenas os espinhos
de uma dura realidade
sejas bem forte para recomeçar
e fazer reflorir
todas as flores
antes sonhadas.



(L. Franckilin)

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Avante Irmãos

AVANTE IRMÃOS


Amigos enquanto o mundo
Se despedaça no mal,
Procuremos no Evangelho
A luz espiritual.

Façamos do Espiritismo
Com Jesus no coração
A bússola da verdade
Em nossa religião.

Há tropeços no caminho
Perseguições, morte, cruz?
Em meio da tempestade,
Guardai a paz de Jesus.

Pela ofensa, pelo espinho,
Jamais odieis ninguém
Quem em nossa doutrina amada
Resplandeça o sol do bem.

Em toda luta na Terra,
Lembrai-vos, amigos meus,
Que sois servos do Evangelho,
Em nome do amor de Deus.

CASIMIRO CUNHA.

Página psicografada pelo médium Francisco
Cândido Xavier.......

Eu sou..

Eu sou...



Eu sou...
Talvez aquela estrela distante
que teima em brilhar junto a
lua para iluminar todo o Universo
Ou aquela singela e pequena
flor perfumada que teimosamente
sobrevive enfeitando a relva fresca
no amanhecer
Ou serei eu pretensiosamente
um raio de Sol que ajuda o
Astro Rei a aquecer um pouco a
humanidade tão carente, tão sofrida
Ou quem sabe um grão de areia
a pratear a praia
Sou átomo
Sou um grão de areia
Sou o raio de sol
Sou a estrela da Lua
Sou a Silvana Flor...


Maria Flor

Solicitudes

Solitudes


Saudades desfilam sob a luz da noite clara.
Nos vestidos, detalhes exóticos
de folhas e frutos.

Os amores se foram, voaram,
pousaram novos ninhos.

Entre cascatas e montanhas
rego as flores em rituais de alegria.

Além janelas,
borboletas colorem nuvens.
Caminho onde dormem os pássaros.

Os passos traçam a vida com fios lassos.


Raimundo Lonato

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Os Ciganos

OS CIGANOS
Lairton Trovão de Andrade

Dos meus tempos de criança,
Eu me lembro dos ciganos
Que de longes terras vinham,
Tendo, por teto, o céu aberto
E, por morada derradeira,
As mais longínquas estrelas...

Oh, como me lembro
Daqueles terrenos baldios,
Daquelas tendas surradas,
Das carroças, dos cavalos,
Do ruído das bigornas
Ao crepitar da fogueira...

Lembro-me, sim,
Dos dourados tachos de cobre,
Dos ferreiros golpeando em coro,
Fazendo o ferro vibrar
Nas matinas e serenatas...

E à noite, oh, que emoção!
As ciganinhas tão lindas,
Com suas danças românticas,
Rodopiando coloridas
Em festa de tradição...

Tenho saudade tanta
Do timbre que inda me encanta,
Voz límpida de soprano,
Da cigana matriarca,
Que entoava antiga paixão,
Que fora seu ledo engano,
Sepultado num coração...

Lembro-me agora – e quanto! –
Da cigana vidente
Que, antes de ler a mão,
Lia os olhos da gente,
E , no pulso, o coração
Sentia de quem sonhava
Em ter a felicidade.

Dos ciganos, de que falo,
Que carinhoso um dia os vi,
Que o tempo os levou daqui,
Com asas de liberdade,
Só me restou lembranças
E um poema de saudade...
07/11/08.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Álvares de Azevedo (178 ANOS)






Ávares de Azevedo






Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro

Manuel António Álvares de Azevedo, poeta brasileiro da fase romântica, nasceu em São Paulo a 12 de Setembro de 1831, e morreu no Rio de Janeiro a 25 de Abril de 1852.

Ligou-se à corrente representada na Europa por Byron, Musset, Espronceda e Leopardi.






Encarna como nenhum dos seus companheiros de geração o espírito do chamado ". Foi ainda dramaturgo e contista. As suas principais obras foram todas póstumas: "Lira dos Vinte anos" em 1853; "Macário", teatro em 1855 e "A Noite na Taberna" em 1855.




Patrono da Cadeira Nº 0 2 da Academia Brasileira de Letras, por escolha de Coelho Neto.






Era filho do então estudante de Direito Inácio Manuel Álvares de Azevedo e de Maria Luísa Mota Azevedo, ambos de famílias ilustres.






Segundo afirmação de seus biógrafos, teria nascido na sala da biblioteca da Faculdade de Direito de São Paulo; averiguou-se, porém, ter sido na casa do avô materno, Severo Mota.






Em 1833, em companhia dos pais, mudou-se para o Rio de Janeiro e, em 40, ingressou no colégio Stoll, onde consta ter sido excelente aluno. Em 44, retornou a São Paulo em companhia de seu tio. Regressa novamente ao Rio de Janeiro no ano seguinte, entrando para o internato do Colégio Pedro 2º.






Em 1848 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi estudante aplicadíssimo e de cuja intensa vida literária participou activamente, fundando, inclusive, a Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Paulista. Entre seus contemporâneos, encontravam-se José Bonifácio (o Moço), Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães, estes dois últimos as suas maiores amizades em São Paulo, com os quais constituiu uma república de estudantes na Chácara dos Ingleses.






O meio literário paulista, impregnado de afectação byroniana, teria favorecido em Álvares de Azevedo componentes de melancolia, sobretudo a previsão da morte, que parece tê-lo acompanhado como demónio familiar.






Imitador da escola de Byron, Musset e Heine, tinha sempre à sua cabeceira os poemas desse trio de românticos por excelência, e ainda de Shakespeare, Dante e Goethe.






Proferiu as orações fúnebres por ocasião dos enterros de dois companheiros de escola, cujas mortes teriam enchido de presságios o seu espírito.






Era de pouca vitalidade e de compleição delicada; o desconforto das "repúblicas" e o esforço intelectual minaram-lhe a saúde.






Nas férias de 1851-52 manifestou-se a tuberculose pulmonar, agravada por tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, um mês antes. A dolorosa operação a que se submeteu não fez efeito.






Faleceu às 17 horas do dia 25 de Abril de 1852, domingo da Ressurreição. Como quem anunciasse a própria morte, no mês anterior escrevera a última poesia sob o título "Se eu morresse amanhã", que foi lida, no dia do seu enterro, por Joaquim Manuel de Macedo.






Entre 1848 e 1851, publicou alguns poemas, artigos e discursos. Depois da sua morte surgiram as Poesias (1853 e 1855), a cujas edições sucessivas se foram juntando outros escritos, alguns dos quais publicados antes em separado.






As obras completas, como as conhecemos hoje, compreendem: Lira dos vinte anos; Poesias diversas, O poema do frade e O conde Lopo, poemas narrativos; Macário, "tentativa dramática"; A noite na taverna, contos fantásticos; a terceira parte do romance O livro de Fra Gondicário; os estudos críticos sobre Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla, além de artigos, discursos e 69 cartas.






Álvares de Azevedo é um dos vultos exponenciais do Romantismo.






Embora tenha morrido aos vinte anos, produziu uma obra poética de alto nível, deixando registada a sua incapacidade de adaptação ao mundo real e sua capacidade de elevar-se a outras esferas através do sonho e da fantasia para, por fim, refugiar-se na morte, certo de aí encontrar a paz tão almejada. Grande leitor, Álvares de Azevedo parece ter "devorado" tantos os clássicos como os românticos, por quem se viu irremediavelmente influenciado.






Embebedando-se na dúvida dos poetas da geração do mal du siècle, herdou deles o pendor do desregramento, para a vida boémia e para o tédio. Contrabalança a influência de Byron com os devaneios de Musset, Hoffman e outros.






Lira dos Vinte Anos, única obra preparada pelo autor, é composta de três partes. Na primeira, através de poesias como "Sonhando", "O poeta", "A T..." surge o poeta sonhador em busca do amor e prenunciando a morte.






Nas poesias citadas, desfila uma série de virgens sonhadoras que ajudam a criar um clima fantástico e suavemente sensual. Por outro lado, em poemas como "Lembranças de morrer", ou "Saudades" surge o poeta que percebe estar próximo da morte, confessa-se deslocado e errante, deixando "a vida como deixa o tédio/ Do deserto, o poento caminheiro".






A terceira parte de A Lira, praticamente é uma extensão da primeira e, portanto, segue a mesma linha poética. É na segunda parte que se encontra a outra face do poeta, o poeta revoltado, irónico, realista, concreto que soube utilizar o humor estudantil e descomprometido.






Esta segunda parte abre-se com um prefácio de Álvares de Azevedo que adverte "Cuidado leitor, ao voltar esta página!", pois o poeta já não é o mesmo: "Aqui dissipa-se o mundo visionário e platónico." Algumas produções maiores do poeta aí estão como "Ideias íntimas" e "Spleen e charutos", poesias que perfeitamente bom-humor, graciosidade e uma certa alegria.






Deixa-se levar pelo deboche em "É ela!, É ela!, É ela!, É ela!" , em que revela sua paixão pela lavadeira; em "Namoro a cavalo", registando as intempéries por que passa o namorado para encontrar sua amada que mora distante.




É ela! É ela! É ela! É ela! - de Álvares de Azevedo

É ela! é ela! — murmurei tremendo,
e o eco ao longe murmurou — é ela!
Eu a vi... minha fada aérea e pura —
a minha lavadeira na janela.

Dessas águas furtadas onde eu moro
eu a vejo estendendo no telhado
os vestidos de chita, as saias brancas;
eu a vejo e suspiro enamorado!

Esta noite eu ousei mais atrevido,
nas telhas que estalavam nos meus passos,
ir espiar seu venturoso sono,
vê-la mais bela de Morfeu nos braços!

Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
Como roncava maviosa e pura!...
Quase caí na rua desmaiado!

Afastei a janela, entrei medroso...
Palpitava-lhe o seio adormecido...
Fui beijá-la... roubei do seio dela
um bilhete que estava ali metido...

Oh! decerto... (pensei) é doce página
onde a alma derramou gentis amores;
são versos dela... que amanhã decerto
ela me enviará cheios de flores...

Tremi de febre! Venturosa folha!
Quem pousasse contigo neste seio!
Como Otelo beijando a sua esposa,
eu beijei-a a tremer de devaneio...

É ela! é ela! — repeti tremendo;
mas cantou nesse instante uma coruja...
Abri cioso a página secreta...
Oh! meu Deus! era um rol de roupa suja!

Trabalho e pesquisa de Carlos Leite Ribeiro - Marinha Grande - Portugal






Presidente do Portal Cen ( Acesse e leia lindos livros Digitais- link nesse blog)

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Rosas e Poesia


Rosas e Poesia

Quem gosta de rosas
Defende a natureza
E a beleza da terra.

Quem gosta de poesia
Tem a sensibilidade
Para defender o bem da Humanidade!

Aparecido Donizetti Hernandez

08/set/2009 - 02h00

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Sonho

Sonho

Voce...voce que nao aparece...
Aparece em sonhos.
Nao consigo pegá-la, nao consigo beijá-la, nao consigo tê-la.
Tê-la em meus braços nua e tremula..
Murmurando seus desejos, seus gozos, seus gemidos, seus pedidos.
Seus pedidos para que eu nao acorde mais.

Cristina Mendes.

Trovinha...

Trovinha...

Sonho sempre com o que quero,
Farei real a esperança.
Pacientemente... espero.
Quem espera... sempre alcança.

Vera Maria Viana Borges

A serenidade

A serenidade é conquista que se consegue a esforço pessoal
e passo a passo.

Pequenos desafios que são superados; irritação que se faz
controlada, desajustes emocionais corrigidos; vontade bem
direcionada; ambição freada, são experiências para aquisição
da serenidade.

Um Espírito sereno, já se encontrou consigo próprio, sabendo
o que, exatamente deseja da vida.

A serenidade harmoniza, exteriorizando-se de forma agradável
para os circundantes. O homem sereno já venceu grande parte da luta".


(Joanna de Ângelis)

Jamais a Esquecerei

Jamais a Esquecerei


Vejo no nascer do Sol o seu lindo olhar
Olho para o céu estrelado e vejo seu lindo sorriso
Olho para a beleza da natureza e eu só vejo você.
Como posso lhe esquecer
se você já faz parte da minha vida...

Como posso não me lembrar de você
se em tudo de belo que olho vejo você?
Como posso olhar para um lindo luar
sem pensar em nossa felicidade...

Como posso não lhe amar
se você é o sol da minha vida?
Como posso desistir do seu amor
se você é meu oxigênio...

Não! não posso lhe esquecer.
O amor que por você sinto,
não morrerá jamais!!!

Welton Coelho

Tortura

FLORBELA ESPANCA

TORTURA


Tirar dentro do peito a emoção,
A lúcida verdade, o sentimento,
- E ser, depois de vir do coração,
Um punhado de cinza esparso ao vento!…

Sonhar um verso d’alto pensamento,
E puro como um ritmo de oração!
- E ser, depois de vir do coração,
O pó, o nada, o sonho dum momento!…

São assim ocos, rudes, os meus versos:
Rimas perdidas, vendavais dispersos,
Com que eu iludo os outros, com que minto!

Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse, a chorar, isto que sinto!!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Miúda?


Miúda?

Muito se fala, mas pouco se faz!
Pobre cidadão, que não sabe mais em quem acreditar,
Nessa terra tão miúda, o que falta é divisão,
Terra tão miúda de mais “oito milhão”.

Terra que foi dos índios, onde o negro foi obrigado a trabalhar,
Terra que migrantes, da Europa vem morar,
Terra de esperança, terra de bonança,
Terra de muitos sacrifícios, onde meus filhos vou criar.

Não preciso mais de que um quinhão,
Pra feliz eu morar,
Com segurança e com meus vizinhos a compartilhar,
A minha esperança e os sonhos a realizar!

Por isso vou legalizar,
Pro sonho se concretizar!

Aparecido Donizetti Hernandez

"Imagem Digital: Iara Melo - PORTAL CEN"


domingo, 6 de setembro de 2009

Cerco-me de pessoas positvas

Cerco-me de pessoas positivas

Quando permitimos que pessoas negativas invadam nossa vida,
torna-me muito mais difícil continuarmos positivos.

Assim, não se deixe arrastar para baixo pelos pensamentos negativos dos outros. Escolha seus amigos com cuidado.

Meus amigos e parentes emitem amor e energia positiva,
e retribuo esses sentimentos.

Sei que talvez precise abandonar as pessos que não me encorajam.

Louise L. Hay


Cá estamos nós
Portal CEN
http://www.caestamosnos.org/Autores/Aparecido_Hernandez.htm

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Sem Destino

“Sem destino”


Chorei infindáveis vezes
Na calada da noite
Defrontando-me
Com a escuridão noturna

Olhava o céu
Reclamando das estrelas
No fundo azul-escuro

Saí pelo mundo
Ganhando estradas
Sem destino

A procura da felicidade


Dama Do Lago