domingo, 9 de setembro de 2007

Coisas da alma

Coisas da Alma


São coisas mágicas
Da alma
Nesse momento perdido
Insone madrugada
Compor poema
A partir do nada

Estéril em sentimento
Procuro refúgio
Numa ponta de saudade
Que aqui dentro arde
Nem sei de que ou de quem
E nela me agarro
Feito tábua de salvação
Minha vida é escrever...

Em mar bravio
Nado contra as ondas
Da inspiração arredia
Escapulindo de mim

Respiro
Vejo tulipas e versos
Jasmins em ramalhetes
De súbito brotando
No papel em branco
E na rosa dos ventos
Encontro ternos beijos
Lambuzando meus lábios
Em tons carmim

Já não me afogo
Redobro o fôlego e contemplo ilhas
De pura poesia

Saudades de que ou de quem?
Nem sei, tampouco me importa
Se credes mentira ou verdade
Eterno querer ou nuvem desvanecida
Calmaria ou tempestade

Impelido por tufões
Sou atirado de encontro a rochedos
E nado em direção ao Sol
Bem além, no horizonte
Que brilha dourado
E mergulha sereno
No mar azul


Rob Azevedo

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