sexta-feira, 24 de julho de 2009

Recordação..eternização...

Recordação... eternização..


Quero desligar-me da matéria e espírito.
Meu eu está abalado, crise existencial...
Foge-me a força de resistir...
Resisto, sofro... Cedo sofro
Qual caminho aqui?
Difícil decisão!
Oh! Homem porque preferes sempre
Os caminhos mais difíceis?

Vem vindo à hora de acabar,
O homem do sonho, da vida.
Senti uma fraqueza, sorrio de amorosa!
Vem uma revolta: Se sofro!?

Grande matéria sem recursos, desmantelada.
Porem permanece um desejo mole.
Talvez me assombra o arrependimento.
O homem-da-vida afirma. Não.
Mas o homem-do-sonho dá um, uno: NÃO!
Quero desligar-me da matéria e espírito.
Meu eu está abalado, crise existencial...
Foge-me a força de resistir...
Resisto, sofro... cedo sofro
Qual caminho aqui?
Difícil decisão!
Oh! Homem porque preferes sempre
Os caminhos mais difíceis?

Aparecido Donizetti Hernandez
(Meu bilhete 1988 - Hernandez)


quarta-feira, 22 de julho de 2009

O ANDAR DE UM ANJO

O ANDAR DE UM ANJO



Se eu fosse o tempo !
Eu pararia só para te ver passar !
Ver passar toda a beleza existente neste mundo.
Eu paro... o tempo para ao teu redor deslumbrado-se com tanto charme e graciosidade... leveza e suavidade florando a cada passo teu.
O chão parece não ter resistência ao toque dos teus pés... passo a passo deliro em ver como é lindo teu andar.
Andar ? ou seria melhor dizer ( flutuar ).
Sim flutuar ! porque anjos não andam! flutuam !
Anjo de bela visão que me atrai com lindas silhuetas... anjo com rosto de deusa... deusa com um toque de menina ... menina mulher dos meus eternos sonhos de felicidade.
Deusa, por que és linda... menina, porque és feliz... e mulher, por que me faz homem em todos os momentos da minha vida.

Marco Moraes

Brincando de Sonhar!

Brincando de Sonhar!
Theca Angel


Brinco com meus sonhos,
não permitindo que se esvaiam...
Não quero que caiam no esquecimento,
nem em abismos despenquem,
nas noites em que me calo!

Brinco escrevendo sonetos,
enquanto tento vive-los.
É minha a mania,deixa-los alertas e atentos
aos momentos que surgem,
ainda que... eu mesma,
mal consiga percebe-los!

Brinco com meus sonhos, rabico versos
e na magia crio o inenaravel universo
para onde vou, onde me refugio e revivo,
a expulsão da ansiedade,
quando esta, como uma nuvem paira
sobre meu reverso!

Brinco com meus sonhos e...
enquanto brinco tento endireitar
os meus caminhos!
Sou deles a criadora, a quimera.
Uma das tantas filhas da magia,
a quem os sábios doaram
um pequenino poder...
de dispesar poesias!

Versos Livres

Versos Livres

João das Flores



Gosto de versos livres
Voando em busca da imaginação.
Versos que brincam de mímica
E vão de encontro à canção.



Versos descompromissados,
Sem presente e sem futuro,
Como a paciência da hera
Se enraizando ao muro.



"Ontem, o amanhã passou
Nos braços de Catarina.
Hoje o passado ancora
Nos olhos de outra menina.."



Brilhar um verso
É tarefa de Orfeu,
É interpretar um olhar
Entre tu e eu.



A lira delira
Ao afago da mão.
Não te afastes nunca
Do meu coração.

Agradeço

AGRADEÇO:

Ao céu, que um dia me terá
Às águas do mar e toda a imensidão
Ao vento que um dia me fará calar
Aos meus amigos e todos os meus irmãos

À tudo que tive que passar
Às tristezas que me fizeram crescer
Ao sol que sempre iluminará
À força de minha vontade de viver

À lua que me fez acreditar
À memória que não me fará esquecer
Ao sorriso e ao brilho do seu olhar
À sorte que me ajudou a te conhecer

Ao sonho que um dia se realizará
À esperança que não abandonou o meu ser
À música , que sempre me fez cantar
Às cores da vida em todo meu Viver


À alegria que sempre tive em meu coração
Ao amor que sinto e que sempre escreverei
À Aracaju, que um dia me terá em seu chão
À natureza e às pessoas que jamais esquecerei.

Naná Cahino.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

DESERTO INOMINÁVEL

DESERTO INOMINÁVEL


O deserto é um silêncio depois do mar,
É o êxtase da luz sobre o coração da areia.
Vai-se e volta-se e nada se esquece.
Tudo se oculta para depois se dar a ver
No ponto em que os ventos se cruzam
E as almas gritam no fundo dos poços.
Os cestos sobem e descem prometendo água,
Uma frescura que derrete a febre.
Não são as tâmaras que adoçam a boca,
É a beleza das mulheres dissimulando
O desejo como um pecado sob a escuridão dos véus.
As serpentes assobiam ou cantam
Conforme o veneno que lhes molda o sangue.
Enroscam-se sobre as pedras
como fragmentos de lua à espera da manhã.
E a sombra alonga-se nas dunas
Ondulando rente às palmeiras
Como a última cobra do medo das crianças.
Não há ruído maior que este silêncio
Que se serve com tâmaras e com chá
Na mesa rasteira, sobre a terra molhada.
É no que não se nomeia que está o infinito.


José Jorge Letria
In 'Os Mares Interiores'

sábado, 18 de julho de 2009

Um dia de Recife

Um dia de Recife

Ó Recife. Te amo tanto!
Nas calçadas,
namorei ruas.
Caminhei pedras,
cheiros e rios...

Nas cores da quarta-feira,
brinquei teu carnaval.
Vi e ouvi
o Galo da madrugada
acordando alegrias.

Li teus poetas,
ouvi loas,
bebi luas à beira-mar.

Ó, Recife!

Quando a saudade bater seus tambores,
cantarei em pobres rimas
a marcha rancho dos meus amores.

Raimundo Lonato

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Adelaide

ADELAIDE


Andei a procura de
Deus e encontrei a
Emoção, procurei emoção e encontrei a
Liberdade, andei a procura de
Amor e encontrei a
Incompreensão, nos
Devaneios te
Encontrei

Feliz aniversario!


Aparecido Donizetti Hernandez
17/07/2009 – 22h54

Qual seria a cor dos olhos

Qual seria a cor dos olhos


Que eu pudesse ver a verdade
Acima de tudo e de todos
Enxergasse também a maldade
Por de traz dos sub mundos

Se verdes eu enxergasse os aflitos
E as mãos pudesse estender
Uma palavra amiga para o amigo
Que tanto sofre sem entender

Se azuis, arrebatasse nos livros
O que está escondido nas linhas
Os escritos deixados gravados

Que dissessem os caminhos a seguir
Se castanhos enxegasse nas palavras
O momento certo para agir

roberto f storti

sábado, 11 de julho de 2009

Melodia humana

Melodia humana


Infinitos deuses
Moram em mim,
Descasados
Da serenidade,
Do rompimento
Da concessão!

Perenes nasceres!
Acordam manhãs,
Adormecem luares,
Abraçam estrelas!
... Voam pássaros,
Asas floreadas!

Emigrante eterna
Do jardim amor,
Galho secreto
Da árvore da vida,
Paisagem fulgente,
Minha, do existir!
Melodia humana!

Ana Branca

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Eu

Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

Inae a Gaivota

INAE A GAIVOTA.
ALMA DA INAÊ

SOU COMO A GAIVOTA QUE VOA NO CÈU AZUL.
EM BUSCA DE LIBERDADE.
QUE VOA POR SOBRE AS NUVENS
NO ALTO EU VEJO O CÉU EM BAIXO EU VEJO O MAR.
SOMENTE COM A BRISA FRESCA A MINHA ALMA A CLAMAR.
TIRANDO DA SOLIDÂO O MEU ETERNO PENAR.
SÓ ASSIM ME SINTO LIVRE E POSSO ATE SONHAR
PAIRANDO SOBRE A PRAIA , NA BRANCA AREIA DO MAR.
OLHANDO O CÉU AZUL SINTO O cORAÇÂO PALPITAR.
TENHO DEUS COMO DIVISA, E O CÉU COMO LIMITE.
SOU AQUILO QUE EU QUERO SER , E NÂO O QUE OUTROS QUEREM .
NAS ASAS DA PAIXÂO APENAS QUERO A LIBERDADE.
VIVO DE EMOÇÔES PARA SABOREAR O DOCIL MEL DA LIBERDADE.
POR FAVOR NÂO ME ANALISE. NÂO FIQUE PROCURANDO CADA PONTO FRACO MEU.
SE NINGUEM RESISTE UMA ÀNALISE PROFUNDA, QUANTO MAIS EU.
A VIDA È UMA PINTURA, É SENTIR A NOSSA PRÓPRIA HISTÓRIA.
SOMOS RISCO E RABISCO, TRAÇOS, CURVAS ECORES QUE FAZEM NOSSA VIDA
VERDADEIRA OBRA DE ARTE.
POR ISSO VIVO FELIZ COM O VENTO A CHUVA E O AR.
SÂO OBRAS DA NATUREZA PRA ONDE DEUS VAI ME LEVAR.

Quando chega o amor

Quando chega o amor

Pausas,
olhares,
toques.

Abertas,
as flores
namoram
estrelas.

Corpos
colados,
êxtases.


Chega o amor.
Novos luares
iluminam,
o céu vermelho.

Raimundo Lonato

terça-feira, 7 de julho de 2009

Paixões

Paixões
(João das Flores)

Paixões
Que seduzem almas
Que ja foram calmas
Hoje incendeiam
Nossos infernos

Nossas vozes loucas
Que ficaram roucas
De gritar
Pelo bem vivido
O amor partido
A esperança ida
No olhar perdido
Que não vejo mais

Paixões
Tão devastadoras
Mais que assustadoras
Arma de homicidas
Fonte de discórdia
Vidas retorcidas
Um punhal que fere
Na mão do suicida

Te busquei nas dores
Que há nas romarias
Na voz dos poetas
A chorar poesias
Te encontrei nos sonhos
Que ofertavam paz
Pra morrer dos beijos
Que não tenho mais.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Minha Outra Asa

Minha Outra Asa

Eda Carneiro da Rocha "Poeta Amor"



Não posso voar, como Anjo,

mas Deus criou o amor.

para que pudéssemos voar,

como um único ser.

Pegaríamos as nossas mãos

e seríamos apenas um, como Anjo,

a voar, neste céu azul,

encontrando nossa outra asa,

alma gêmea da nossa...

E, tentei este vôo...

Lancei-me neste Infinito,

te procurando e te achando,

Anjo que és, para segurar minhas mãos,

num momento extremo de Eterna Felicidade,

encontrei minha outra asa,

para ser feliz...

E voamos, agora, não em dois,

tranformamo-nos em apenas um

que se ama, se amarão nesta vida

pois somos humanos,

transformados em Anjos

em sublime elevação...