quarta-feira, 18 de agosto de 2010

NOSSA RETINA

NOSSA RETINA
Aparecido Donizetti Hernandez



Pelo que passamos juntos,
Não há o controle do tempo,
As nuvens que encobrem o sol
Não encobrem sua luz,
Não turvam o esplendor de seus raios
E o calor que irradia.

O tempo que temos juntos
Não é controlado pelos ponteiros do relógio,
Que delimita e tenta ser o controle do tempo.
O tempo que estamos juntos é o que nossas retinas
Guardam e guardarão por todos os tempos...

Juntos somos como os raios do Sol,
Sua esplendorosa luminosidade,
Não como as nuvens que tentam
Sem poder ofuscar esse brilho,
Brilho que o relógio do tempo
Transporta pela eternidade
E viverá por todos os tempos...

POESIA

Poesia

Fatima Mello[fofinha]




Poesia não se pensa

Surge como rajadas de vento

Sem que saibamos de onde

Nem para onde ela nos leva

Poesia surge do nada,

De um sentimento

Ou uma dor arraigada

Poesia não é pensada

Simplismente vem,

Surge na cabeça de quem

Tem a alegria de transcrever

Sentimentos, alegrias ou dor

Poesia não se pensa

Poesia se sente...

domingo, 15 de agosto de 2010

MORRO DO ITAQUI

MORRO DO ITAQUI
Aparecidfo Donizetti Hernandez


Do alto do Itaqui avisto a parada de trem
Com seus vagões transportando café,
Trilhos que margeiam o Rio Barueri Mirim,
Que recebe as águas do Sapiantã,
Juntos indo ao Rio Tietê,
De rumo inverso ao caminho dos trens que vão direto à procura do mar.

Do alto do Itaqui avisto as árvores da Mata Atlântica com sua biodiversidade,
E ouço o cantar dos pássaros...
Avisto a Casa Bandeirantista no alto da colina,
Circundada pela mata, ainda intacta,
Vejo do alto do Itaqui a transformação
Da antiga pedreira, que calçaram as ruas da Paulicéia
em um conjunto habitacional...
Vejo do Itaqui as casas surgirem como um passe de mágica,
Mudando a paisagem, derrubando a mata, poluindo os rios, calando os passáros...

Não vejo mais do alto do Itaqui os trens transportando café,
Agora transportam pessoas que vêm e vão à procura do pão,
E do vagão olham para o lado do Itaqui, mas ele não está mais ali,
Para onde levam o Morro do Itaqui?...Que não está mais aqui.

NÃO SEI PORQUE...

NÃO SEI PORQUE...
Socorro Lima Dantas



Não sei por que,
ao teu lado ainda estou,
se estás sempre a me entristecer.
Parece até que eu desejo
este amor assim viver...
ter você controlando o meu querer.

Não sei por que,
Demonstras estar realizado,
em fazer o meu coração padecer,
ver em meus olhos,
lágrimas de angústia a derramar.

Não sei por que,
Sentes prazer, em indecisão me ver,
arrastando-me para sobreviver,
e a resistência do meu coração,
em controlar as emoções.

Não sei por que,
insisto nesta dor permanecer,
acorrentada a um amor
que não me deixa viver,
manda em meu querer
e só me faz sofrer.

ESCUTA MEU AMOR


ESCUTA MEU AMOR
Socorro Lima Dantas


Não sei por que,
ao teu lado ainda estou,
se estás sempre a me entristecer.
Parece até que eu desejo
este amor assim viver...
ter você controlando o meu querer.

Não sei por que,
Demonstras estar realizado,
em fazer o meu coração padecer,
ver em meus olhos,
lágrimas de angústia a derramar.

Não sei por que,
Sentes prazer, em indecisão me ver,
arrastando-me para sobreviver,
e a resistência do meu coração,
em controlar as emoções.

Não sei por que,
insisto nesta dor permanecer,
acorrentada a um amor
que não me deixa viver,
manda em meu querer
e só me faz sofrer.

A PONTE DO AMOR ENCANTADO

A Ponte do Amor Encantado
Teka Nascimento



Aquela linda ponte que foi construída
alicerçada em doces emoções de amor
Estava linda e concluída
Sendo usada com muito carinho.
Mas fortes vendavais sopraram
com tanto vigor, que esta ponte
encantada balançou.
Neste balançar algumas marcas deixou.
Mas ela é forte pois bem construída foi.
Não se quebrou, é porque os amantes apaixonados
deixaram nela gravada a marca da história desse amor.
Hoje os amantes estão assustados
Com esse vendaval arrebatador
Cada um de um lado da ponte
chorando de tristeza e dor.
E a ponte encantada lá está,
esperando para ser consertada
Só depende desses amantes apaixonados
Para gravar um novo conto de amor.

L.Pta.14/08/2010






SE VOCÊ PUDESSE...

SE VOCÊ PUDESSE...
Claudete Silveira




Ah! Se você pudesse compreender...
...meus pensamentos ler
entender meus sentimentos
...em meus sonhos entrar
e neles se ver...
Ah! Se você pudesse...
Certamente saberia
A razão do meu viver...

OUTRA

°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°
OUTRA
Clau Assi



Trago em mim,
de algum passado
uma luz no olhar.
Carrego no peito
sonhos de amor,
que o tempo preservou.
Continua em mim,
em tempos modernos,
a mulher sonhadora.
Outro corpo
...mesma alma.


°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°◊◊◊°°

AUSÊNCIAS E MEDOS

AUSÊNCIAS E MEDOS
Claudete Silveira



Teu medo
te faz refém
da indecisão.
Não te deixa
dar vazão
aos sentimentos
Afasta-te de mim.

Ausência aproximada
Presença se faz assim.
O teu silêncio
me angustia,
não sei mais
viver o dia a dia.
Tua presença
faz parte
da ausência
existente em mim.

Silêncio e abandono
tristezas
angústias
que me tiram o sono.

AUSÊNCIAS E MEDOS

Teu medo
te faz refém
da indecisão.
Não te deixa
dar vazão
aos sentimentos
Afasta-te de mim.

Ausência aproximada
Presença se faz assim.
O teu silêncio
me angustia,
não sei mais
viver o dia a dia.
Tua presença
faz parte
da ausência
existente em mim.

Silêncio e abandono
tristezas
angústias
que me tiram o sono.


2009

IMPREVISÃO

IMPREVISÃO
Basilina Pereira



Na frente do espelho conspiramos:
a imagem do outro lado nada revela.
A dor, se menor que o dia, resvala
por entre as raízes do silêncio
e a alegria que desprende da luz
embarca no carrossel de incertezas.
O rosto, casulo de enigma,
preserva o direito de sonhar:
que as utopias todas
escapam à previsão do tempo.

PRESENÇA DA AUSÊNCIA

PRESENÇA DA AUSÊNCIA
Dueto
Claudete Silveira / JJ( João Braga Neto)



É possível estar ausente,
estando o corpo presente?
Depende infelizmente
dos sentimentos da gente!

Ausência da tua presença,
ou presença da tua ausência?
As duas levam a loucura,
À insanidade , demência!

Ausentava-me na tua presença,
e presenciava a tua ausência.
A primeira me doía;
na outra não tenho crença!

Ausência na presença
Presença na ausência
Distância da proximidade

Nesse paradoxo, vivo;
Estar só,
Pra estar contigo!


TEMPESTADE DE AMOR

TEMPESTADE DE AMOR
Aparecido Donizetti Herrnandez




Venta em minha vida a esperança,
A esperança de a vida ser melhor,
Um mundo onde os encontros não virem desencontros...
A Vida seja onde o ser humano
Acabe sendo um o complemento do outro,
Um mundo onde todos tenhamos
O pouco que seja o muito, pois é o suficiente.


Venta em minha vida a necessidade de acreditar,
Que o amanha seja hoje,
Que possamos ter todos
Uma tempestade de amor, carinho e solidaridade.
Esse mundo construiremos hoje, na esperança do sempre...


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

LIVRO




http://www.camarabrasileira.com/apol68-057.htm

terça-feira, 10 de agosto de 2010

SOBREVOO

SOBREVOO
Basilina Pereira




A tarde ainda é a mesma.
Eu,contudo, escolhi ser outra.
Quando o ponteiro do silêncio enterrar a luz,
eu partirei com o vento,
no sobrevoo de todos os dilemas.
Sem pegadas,
minha morada será o sorriso de cada manhã
e meu repouso: o entardecer.
Não mais a vigília nem os atalhos,
só o alento de cada estação.

DEVEMOS ACREDITAR NO HOMEM?


DEVEMOS ACREDITAR NO HOMEM?
Aparecido Donizetti Hernandez



Como acreditar no Homem...
A história da Humanidade está repleta de revoluções e conflitos,
Conflitos de interesses e de poder do homem sobre o homem,
Conflitos onde os vencedores impõem seus interesses e suas idéias sobre os vencidos,
Onde os vencedores impõem até sua cultura e suas crenças.
Mas essa não é a essência da natureza humana,
O Homem não foi feito para cultivar a indiferença sobre os outros seres humanos,
Não é ter a arrogância e o controle sobre outros,
A essência do Homem é a solidariedade e o trabalho coletivo e o progresso mútuo.
O homem criou as diferenças entre eles e cultivando o personalismo,
Acredita que somente ele tem o direito sobre a Terra,
Mas a Terra foi construída para ser compartilhada
Por homens de diferentes pensamentos,
Pelo menor ser vivo, mesmo microscópico.
A Terra e os Homens foram criados um para ser complemento do outro,
A essência do Homem está nos ensinamentos de Cristo,
Que pregou e nos ensinou em suas parábolas o amor e a compreensão,
Entre todos os homens
E o repeito pelos outros seres viventes de nosso planeta.
Sua essência está aí dentro de ti,
Com um pequeno esforço podes deixar que ela aflore
E se imponha sobre a arrogância, a prepotência e o individualismo,
Transformando-se, vós também tranformará a vida,
E teremos um mundo mais bonito e solidário.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ETERNO

ETERNO
Marlene Constantino



De onde você vem, pra onde você vai?
Leva-me contigo nesse enlace,
faça-me percorrer as trilhas do coração,
seja em nuvens ou terra firme,
tocar o sol, ou colher um grão de areia.
Quebre com os teus sussurros,
meu sono profundo,
faça-me voar por caminhos desconhecidos.
”Tenho esse frio na alma, que só o amor acalma”.
Ondas que, vão e vem em tormentas
a espera, que me toque com mãos em brasas,
que me arranque, do solo com braços de plumas,
e me beije com lábios de mel,
me acolha num coração quente.
Que me leve aos céus, ao infinito
e traga a mim a certeza,
ver o amor de minha vida se aproximando
os muros desmoronando.
Que faça desse ser a mulher amada,
apaixonada.
Que afaste os espelhos e me olhe nos olhos,
e se funda em mim, eterno.

CONFORTO A QUEM NÃO TEM MAIS PAI

CONFORTO A QUEM NÃO TEM MAIS PAI
* Sá de Freitas




Nesse dia especial fiquei pensando,
No amado pai tão cuidadoso e amigo,
Que nas horas de dor ou de perigo,
Quando eu criança, ia me amparando.

Hoje fiquei, sem ele, tateando,
Nas sombras da saudade e qual mendigo
À resignação pedi abrigo,
E ela aqui me deixou soluçando.

Mas de repente essa tristeza sai,
Ao ver que fui feliz tendo o meu pai,
Junto de mim, até quando partiu.

Porque criança há tão indefesa,
Que não tem cama, casa, não tem mesa
E sabe que tem pai, mas nunca o viu.

POEMA PARA AMORES NÁUFRAGOS

Poema Para Amores Náufragos
Raimundo Lonato




Entre paredes,

ouço a alma

em busca de amores,

náufragos de rios

passados na alma.



Os olhos se demoram

colados no chão.

Derramam lágrimas no vazio.

Longas horas passo

entre canções e poemas.



Saio de mim mesmo

e encontro a outra face

perdida em nuvens e mares.



sábado, 7 de agosto de 2010

MEU VELHO


MEU VELHO
Aparecido Donizetti Hernandez




Nascestes em Jahú,
Filho de migrantes espanhóis,
Muitos irmãos e irmãs,
Todos lavradores da terra.

Por que?
Por que deixastes os lindos cafezais no Oeste Paulista?
Abandonando sua enxada,
Seu rastelo,
Sua peneira sob a saia do pé de café...
Rumo a Capital?

Para transformar-se em operário?
Para se encontrar?
Por que deixastes os lindos cafezais paulista?
Deixastes a roça...
Mas não deixastes para trás
A linda e meiga Rosalina,
Arrastastes contigo,
Para uma nova vida
Ou para uma ilusão.

Viestes, mas trouxestes junto
Os conceitos pré-estabelecidos
De patriarca,
Quantas fábricas trabalhastes,
Quantas fábricas!

E a meiga e doce Rosalina,
Quantas trouxas, quantos fardos de roupas
Trouxe sobre a cabeça!
Quantas noites e madrugadas
Sentada à beira da máquina de costura,
Quantos dias...

Transformaram-se de lavradores em operários
Valeu à pena?
Valeu à pena!
Construístes uma família,
Vivendo foi rompendo
Os preconceitos e criando outros conceitos.
Deixou as fábricas antes que querias,
Como trabalhou, como trabalhou!
Viveu como pode,
Fostes como querias...


À beira da lagoa, com sua vara de pescar às mãos...
Agora pesca almas, almas para o Senhor!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

FRENTE A FRENTE

Frente a Frente.
Delasnieve Daspet



Eis-nos. Frente a frente.
O mundo é redondo.
Um dia poderia acontecer.

Te fitei de longe.
Ao teu lado, em teus braços,
outros braços, não os meus;
Outro corpo, não eu!

Até este momento não tinha me dado conta
de como é desconcertante olhar alguém
que que já havia sido paixão.

Estavas bem à minha frente
- alheio a minha pessoa -
sem perceber minha emoção.

E eu te adivinhava.
Teus pensamentos. Teus gostos.
Teu cheiro. Teu hálito.
Tiques.... sabia tudo de ti!

Eis-nos!
Tu, eu e ela.
A uma curta distância,
tão longe e tão perto.
Tudo em ti ocupado:
o coração e o lugar ao lado!

Sempre pressenti que nada havia
mas pensei que poderia mudar
o curso da história.

Continuei fitando sem ver...
Buscava respostas que não existiam:
Porque não tinha dado certo?
Porque - nuvens negras?
Porque - o impedimento?
Porque - a indiferença?

Te encontrar fez-me recordar
das saudades e do querer - outra vez....
Vi que os fantasmas ainda estão insepultos!
...Talvez não tenha havido um grande amor....
DD_ 28-07-03 - Campo Grande MS

CELEBRO A VIDA E AGRADEÇO A DEUS


CELEBRO A VIDA
E
AGRADEÇO A DEUS
Tânia Sueli Oliveira



A vida é a coisa mais linda,
que nos proporciona emoções diversas,
alegres ou tristes,
docinhas ou azedas,
cor-de-rosas ou cinzas!

Não importa e nem incomoda
nada que tente atrapalhar
nossos caminhos...
se tivermos Jesus no coração
e acreditarmos no melhor sempre !

Quem tem fé, não teme !
Quem age com o coração, amor,
vencerá sempre !!!

Não percamos as esperanças
e jamais deixemos de sonhar !
São tantos os conflitos, espinhos...
que surgem cada dia,
apenas nos dando forças
pra seguirmos com coragem
e convicção de que venceremos !!!

Vitórias somente com Deus e Jesus!
***
Marília-SP/Brasil

http://oamornaopodeacabar.blog.terra.com.br/

ENTRELINHAS

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez


ENTRELINHAS
Lígia Antunes Leivas




Na insensatez dos conceitos
emergem desejos...
Quebra-se o elo:
desequilibra-se o universo.

A expectativa antessonha auroras
neste querer maior
de peles de veludo unidas
no desenho de nós mesmos.

Na hora cálida da tarde
atiçam-se todas as luzes...
Um pouco de mim, de ti, de nós
e a explosão de todos os sentidos.

Cada espaço traz a medida certa
... um oceano cresce entre nossas vidas
e nesta separação entre desenganos
descubro-me atônita!

Olhos ao longe (tão longínqua distância!...)
Sou voz perdida, sou desterro
sou muito menos agora
que as entrelinhas desde poema...


Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

BEIJO-TE

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez


BEIJO-TE
Efigênia Coutinho



Ó tu que meus beijos queres, indaga
ao beija-flor, não poupa este desejo
pergunta se ele beija só flores rosa,
ele dirá que beija a mulher mais formosa!

O poeta que me beija, não por razão pouca
beija o néctar da rosa por ser sua sina,
Pois dar-te-ei o amor de que desejas
duma rosa, alma gêmea, rainha e sina!

Entoemos este vigor do Amar
sentindo gula e gana de sonhar
sem temor, saboreando a idéia...

Poeta sabe e sente o Amor
em sua mente e dentro do coração
jogo ardente espargido outra cor!


Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

AZUL NA POESIA

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.


Aparecido Donizetti Hernandez


AZUL NA POESIA
Úrsula Avner




Em versos mudos
destravei algemas
Silêncio preso
virou colibri
Cauda longa de espátulas azuis
trêmula ao vento da imaginação



Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

A DANÇA DAS FLORES

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.


Aparecido Donizetti Hernandez



A DANÇA DAS FLORES
Gilberto Brandão Marcon


Flor do jardim,
flor que deveria
ser da primavera,
mas que preferiu
enganar as estações.
Leve flor carregada
pelo vento.
E nele desliza
como que em
delicada dança,
Flor que teve por par a brisa.
Brisa que acalmou o vento,
do som que se escondia no silêncio,
dos segredos que, embora ditos,
somente foram ouvidos
pelos que tinham ouvidos de ouvir,
pois que escutavam
com a alma,
pois que conheciam
os caminhos do coração.
Flor que é
delicadeza no botão,
e esplendor
no seu momento mágico.
Flor que decora
o circo da vida,
onde os pecados
convivem com as virtudes,
onde o perdão os liberta,
e os transforma
em sementes renovadas



Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

TRIBUTO A UM POETA




TRIBUTO A UM POETA
Aparecido Donizetti Hernandez



04/agosto/2010 - 17h03













Sob a sombra da velha paineira
Repousa o antigo arado,
Arado que rasgou as terras de massapé,
Onde vi plantar as sementes das esperanças
De ver nossos campos verdes brotando...

Velha paineira que nos abrigava sob seus galhos,
Onde João de Barro construía seu ninho de amor,
Lá nos encontravámos todas as tardes de outono,
Onde víamos o entardecer, pensando que nunca haveria dor...

Velha paineira que hoje como nós
Entristece ao contemplar as queimadas
Que ofuscam o pôr-do-sol
Do nosso lindo interior,
Levando embora seu esplendor.
Velha paineira que o poeta
José Fortuna eternizou com suas palavras de amor
.


ORVALHO

ORVALHO
Aparecido Donizetti Hernandez
04/Agosto/2010 - 15h49


Nessa noite fria que te espero
Vem a esperança de te ver como antes,
Como antes de perderes a ingenuidade...
Nessa noite fria cai o orvalho
Esbranquiçando os campos,
Campos que quando raiar o Sol
Refletirá a luz em suas gotículas,
E verei em cada uma seu rosto a refletir a saudade,
A saudade dos tempos que corríamos
À procura de uma vida sem dissabores...
Onde reencontrarei aquela antiga ingenuidade que tínhamos,
Como se os campos eram o nosso mundo,
Mundo que deixamos o Sol queimar, como queima as folhas
Molhadas do orvalho que o sereno deixou...

SOLIDÃO DE POETA

Solidão de Poeta

Schyrlei Pinheiro


Vagarosamente anoitece.
A cortina da madrugada desce,
o céu apaga as estrelas,
a lua silenciosa sai de cena.
Atrás da porta fechada
mora a solidão, calada,
que vive armada
com uma caneta na mão.
O poeta, ainda acordado,
com os olhos marejados,
deixa a solidão falar,
e, ao escorrer pela face uma tristeza,
a sós, com seus pensamentos,
faz versos nas sombras,
que desabrocham
como flores orvalhadas
ao som do passado,
que aprendeu a cantar,
conquistando a liberdade
de partir, e voltar colorido,
eternamente sonhando...
com seu ninho de amor
Reg 131320081

ABISMAL


A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez




ABISMAL
Helena Kolody



Meus olhos estão olhando
De muito longe, de muito longe,
Das infinitas distâncias
Dos abismos interiores.
Meus olhos estão a olhar do extremo longínquo`
Para você que está diante de mim.
Se eu estendesse a mão, tocaria a sua face.



Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

OUTONOS E SAUDADES

Outonos e saudades




Canto o amor entre folhas
escombros e estrelas.

Os olhos molhados
recordam momentos
sagrados e íntimos.

Entre ausências,
recorto segredos.

Versos medrosos
despertam as horas
na falta de ti.

Raimundo Lonato

PEDIDO

PEDIDO
Clau Assi





Gênio, que surge,
Leva pra longe
O branco que invade
O peito do poeta.

Gênio aclamado,
Guia suas mãos
Risque, rabisque
O verso sonhado.

Gênio fiel,
Inspira o canto
Do pobre poeta
Sem rima, nem verso.