quarta-feira, 31 de março de 2010

PEÇO-TE...


PEÇO-TE...
Iara Melo



Senhor,
Que eu não use
Minha boca
Para proferir palavras
Que machuquem o meu
Semelhante,
Que eu não seja
Navalha afiada
A cortar sentimentos
Profundos,
Que minhas palavras
Escritas,
Sejam atos de amor.

Frei em mim
O impulso que
Machuca e maltrata
A quem me acalenta,
Que eu transmita em atos
A ternura do meu
Bem-Querer.
Que eu ame sem ferir
Que eu silencie
Transtornos de alma.
Que eu
Não seja decepção
Em mim…

Tanto amor
Deste-me e conduzo,
Que ele viaje
Sem paragens,
Que eu encante
O meu canto
E encanto.

Que eu seja
Tua imagem
E semelhança,
Que eu não apague
A chama acesa.
É esse o caminho
Que aponto
É nele que quero
Trilhar,
E através dele
Que me fazes
Ser.
PORTAL CEN

quinta-feira, 25 de março de 2010

Magia...

Magia…

Iara Melo



Vento gélido
Sopra descompassado
Amedrontada
Afugento medo desvairado
Entre lágrimas vencidas
Das noites mal dormidas,
Surge densa madrugada
Agasalhando-me enfim
No calor do teu abraço.
Envolta no regaço
dos teus braços
Viro-me pelo avesso
Jogo fora ensinamentos
Recalques e "pecados".
Madrugada,
já não és tão fria,
És cálida e ardia
Tal qual o amor
Que em mim radia.






***




Livro de Visitas





***
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segunda-feira, 22 de março de 2010

Bárbara de alencar, 250 anos

Dia da libertação
Caetano Ximenes Aragão


pelas vertentes da noite
a manhã já se fazia
quando Iansã abriu as grades
das cadeias da Bahia
pra ver Bárbara passar
por dentro da luz do dia

dia pleno de orixás
cavalgando a ventania
ogun oxum olorun
vento alvo alvenaria
de cabelos cor de cal
que de seu rosto escorria

do corpo dos encantados
a noite se fez em dia
tocaram todos os sinos
das igrejas da Bahia
pra ver Bárbara passar
por dentro da luz do dia




BÁRBARA DE ALENCAR, 250 ANOS


No ano em que se comemora o centenário do Dia Internacional da Mulher, o Brasil dedica também muitas homenagens ao centenário de nascimento da escritora cearense Rachel de Queiróz, primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Mas uma mulher especial também deve ser motivo de muitas homenagens em 2010: Bárbara de Alencar; nascida no dia 11 de fevereiro de 1760, há 250 anos.
Bárbara de Alencar, pernambucana de nascimento em Exú e cearence por apego e afeto, foi uma das primeiras brasileiras a atuarem politicamente. Por lutar em defesa da Independência e da República, foi a primeira presa política do Brasil, em 1817. Sua conduta exemplar inspirou seus filhos, que em 1824 atuaram na Conferência do Equador, quando dois dele, Carlos de Alencar e Tristão de Ataíde, foram Mortos.
Em sua homenagem o escritor Caetano Ximenes Aragão publicou, há trinta anos, o livro Romeiro de Bárbara, cujo titulo nos remete imediata e não casualmente ao Romanceiro da Inconfidência, de Cecília de Meireles. No posfácio o autor afirma: “Este poema é uma metáfora sobre a liberdade. Nasceu em tempos de incertezas. Havia medo, exílio, prisões, torturas, homens e mulheres banidos. Bárbara Pereira de Alencar, primeira presa política do Brasil, na ordem do tempo, sofreu prisão, violência, maus tratos, exílio e teve seus bens confiscados. Mas resistiu e por isso e outras razões, é uma heroína marginalizada na História de nosso País”.
Dona Bárbara morreu em seu exílio domiciliar, no 28 de agosto, despojada de todos seus bens e moralmente enxovalhada pelo Império, porém fiel às idéias que provocaram-lhe sofrimento, mas lhe reservado um lugar honrado entre as bravas mulheres brasileiras.
Ainda não se tem notícias de homenagens a esta mulher valorosa, mas seu exemplo jamais será esquecido e sua memória haverá de ser um dia plenamente resgatada.




Copilado da Revista Presença da Mulher –Ano XXIII –nº 58 – março/2010

ARRANCADO DE MEUS BRAÇOS




ARRANCADO DE MEUS BRAÇOS
Aparecido Donizetti Hernandez


Aprendi a arte do comércio, das barganhas e das trocas,
Aprendi com meus ancestrais, faz parte de minha cultura.
Aprendi a arte de ser feliz,
Aprendi com meus ancestrais, faz parte de minha cultura.

Aprendi a fazer festas,
Aprendi com meus ancestrais, faz parte de minha cultura.
Aprendi a viver coletivamente em tendas
E tendo o Planeta como nosso, e a terra como nossa,
Não sendo somente minha,
Aprendi com meus ancestrais, faz parte de minha cultura.

Aprendi ser perseguido,
Aprendi com meus ancestrais, não faz parte de minha cultura...
Faz parte dos preconceitos
Cultivados há milênios, mais antigos, talvez, que minha cultura,
Faz parte da cultura dos intolerantes, que não compreendem minha cultura.

Aprendi a ver o futuro nas cartas,
Ler as linhas do destino nas mãos espalmadas,
Aprendi com meus ancestrais, faz parte de minha cultura.
Mas não aprendi com os intolerantes
A ter meu filho arrancado de meus braços...
Faz parte da cultura dos intolerantes.
Não faz parte de minha cultura!



Postado por Lilian Regina de Andrade - GRUPOMARAVIDYA

quarta-feira, 17 de março de 2010

DEIXE SUA ALMA VOAR

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez



DEIXE SUA ALMA VOAR
Luiz Gonzaga Bezerra


Deixe sua alma voar
Deixe para trás o passado
Agarre-se nos sonhos deitados
Nas orlas das suas estradas.
Voe sem pressa até encontrar um lugar
Onde você pouse e fique relaxado
Admirando os pássaros voando devagar
Cantando suas musicas imensuráveis.
Sonhe com o sucesso
Apenas sonhe com o coração
Ele é o sábio perfeito e eterno
Senhor da vida e dos sonhos.
Deixe o ar sair do peito devagar
Feche os olhos sinta das flores o aroma
Ouça a dança das águas sem se preocupar
Vibre! Fortaleça sua alma se encante.



Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez

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Lilian Regina de Andrade

SAUDADE

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez



SAUDADE
Sunny Lóra

Troquei a cor do batom
Da minha boca,
Rosas brancas por azaléias.
Cosntruí trezentos poemas,
Alguns bonitos, outros nem tanto.

Orei para os Anjos,
Brinquei de ser Bruxa,
Subi o Monte Sagrado,
Dei volta inteira na Ilha.

Li novos livros, trabalhei bastante,
Abri janelas, portas e portais,
Limpei meu chão de Alma.
Lavei os Olhos... Voltei pra mim!



Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

TERRA PROMETIDA

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez


TERRA PROMETIDA
Lairton Trovão de Andrade
(1967)


Quando a selvageria d'outros reinos
Massacravam varões, damas e gênios
- Os imortais condores alpinistas -
A ambição do povo lusitano
Cruzava mil correntes do oceano,
Em busca de históricas conquistas.

Do Himalaia as torres repentinas
Não divisavam "aves de rapinas",
Revoando em torpes potentados;
A inocência do Ganges, em Bengala,
Revelava aos "chacais" brilho d'opala
No imenso-além do jângal mergulhados.

Então, o reino airoso do rajá
Sentiu a derrocada em Calcutá
Retumbar no país do Paquistão;
Nem os bravos sultões do bramanismo
Contiveram o longo cataclismo,
Sacudindo riquezas da região.

Pérolas, cristais, âmbar e diamantes
- Riquezas de valores empolgantes -
Rolavam pelos mares e savanas...
Safiras, rubis, pratas e marfins,
Usurpados por falsos mandarins,
Cobriam infindáveis caravanas...

A proeza do Mor Capitão Gama
Demolira os mistérios do deus Brama,
Escondidos nos místicos hindus;
E a arma lusitana, em dia etéreo,
Oficiou gravar âncora do Império
Nos indianos outeiros, hoje... nus.

De Manuel Venturoso o patriotismo
Plantara nos sequazes heroísmo
E, no além-mar, conquista Portugal;
Disciplinado "bando da matilha"
Descobriria a mais famosa ilha,
Sob a bandeira astuta de Cabral.

Nas sonolentas ondas de Lisboa,
Venturoso marujo, lá da proa,
Debruçava submerso adeus às plagas...
Foi quando o antigo Tejo esperançoso
Sonhou ouvir o canto buliçoso
Do pindorama íngreme dos piagas.

Mas o fatal tridente de Netuno
- Horrível, poderoso, inoportuno -
Abriu milhões de portas aos tufões;
Furioso maremoto - inferno d'águas -
Ergueu em cataratas grandes vagas,
Rugindo sobre as naus como vulcões.

A borrasca em remoinho, que amedronta,
Às ondas do horizonte trouxe afronta,
Levando de Ataíde a pobre nau;
E o rochedo vil, lúgubre e insano
- Escudo portentoso do oceano -
Puniu a violação de Portugal.

Ante o irado rebu do mar cruel,
Surgiu Cabral no centro do escarcéu
Qual talismã impávido de Zeus;
Sua voz confiante e forte, impondo a calma,
Vibrou co'a extrema fé da essência d'alma:
"Senhores, nossa bússola é Deus"!

A brisa desfizera a negra bruma,
Movendo carinhosa e branca pluma,
Sobre as águas revoltas com oceanos;
Singravam juntas, sobre ondas fendidas,
Vozes incultas, doze naus perdidas,
Cortando espumas que geraram Vênus.

Canções secretas, muito além, nas plagas,
Sussurando, através das longas vagas,
Transmitiam saudades vãs do lar...
Desfalecidos risos flutuavam...
Dissimuladas dores soluçavam
Lágrimas de sal sobre o sal do mar...

No acalentar geral de ocultas vozes,
Sempre flutuando iam doze nozes
No silêncio que a dúvida encerra...
Pronto! o nauta acordou... viu aves no ar...
Ervas, em rodopios, n'água do mar...
Uma esperança viva bradou:... Terra!

E a frota lusitana, em grande festa,
Estacou ante cálida floresta,
Que se alçava além do areal...
A brisa, balouçando a ramagem,
Descobria a epopéia d'uma imagem
- O suspiro e febril Monte Pascoal.

Sob nuvens de gaivotas turbulentas,
Cansadas naus - pacíficas e lentas,
O porto tropical foram beijar...
As montanhas de raras pedrarias
E das valas pauis, em agonias,
Aspiravam também à luz brilhar.

O conselho da tribo arrefecida
Reuniu-se na ocara envelhecida,
No flautear tão choroso do boré...
E invocava o ardil da boicorá...
E clamava a vingança de Anhangá...
E dançava, em delírio, o pajé...

Junto à rede trançada de cipó,
Cismava o degredado, sempre só...
E fugiu pela selva mais daninha...
Em meio ao farfalhar torvo de fera,
Pressentiu um poema à nova era,
Escrito pela pena de Caminha.

Mas os índios da taba perturbada
Escalaram a trilha já sulcada,
Sob o grito atenuado do cacique.
Viram Deus de Tupã surgir glorioso,
Sob a forma do trigo misterioso,
Aureolando as mãos de Frei Henrique.

O reino português fez jus às terras,
Das planícies aos píncaros das serras,
Mergulhados nas nuvens lá dos céus.
Tendo uma cruz - por cívico estandarte,
Um altar - por egrégio baluarte,
E o testemunho ínclito de Deus.

"Ilha de Vera Cruz, marca sagrada,
Pelo Cruzeiro altivo perpetuada
No regaço da Pátria estremecida;
Este solo, emanando leite e mel,
Jamais vistos nem mesmo em Israel,
Tem o nome de TERRA PROMETIDA!





Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez


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Lilian Regina de Andrade

terça-feira, 9 de março de 2010

NOITE



NOITE
Helena Kolody

Luar nos cabelos.
Constelações na memória.
Orvalho no olhar.



Postado no grupomahavydia por: Lilian Regina Andrade

Um dia sem fim!

Um dia sem fim!
Delasnieve Daspet


Finalmente o silêncio...
Andei até a janela,
Deixei que a cabeça pendesse contra a vidraça,
O tempo se fazia extremamente curto...

Fitava a imensidão que se descortinava,
Do olhar se desprendia tanta saudade...
Tempo de partida, de adeus...

De novo nos veremos onde as
Perfeitas alegrias se encontram...
Falo de eternidade,
Do espaço entre as existências!

O por de sol e a estrela da noite
Chamam por mim...
Como é triste e solitário ter tudo e nada ter...

Quão lentamente os dias transcorrem,
Lua e noite – ambas,
Serão um dia sem fim!
DD_19.01.10 – Campo Grande – MS
( Da série – Ausências...)

Sem Sapatos

Sem Sapatos ( 8 de Março, Mulher)




Atrás das portas
sou o enredo das festas
dos palácios.

Observo,
me deleito.

Relógios quebrados
marcam meia-noite.

Permaneço
uma Cinderela
sem sapatos.

Desfeito o encanto,
me desfaço.
Altos são meus saltos
e o preço das jóias raras.

À realidade, volto.
Farrapos cobrem meu corpo,
visto o brilho das lágrimas.

Raimundo Lonato

sexta-feira, 5 de março de 2010

CREPÚSCULO




CREPÚSCOLO
Aparecido Donizetti Hernandez


És iluminada, fostes feita da pura têmpera,
Simbolizas a liberdade,
És o símbolo dos anjos.
Como o crepúsculo,
Trazendo o Sol da vida
Para iluminar o novo amanhecer
Em cada novo nascer.
És tu que gera e regenera a humanidade
Em cada novo nascer...
Para o novo nascer, o antigo tem que morrer,
Mas, és tu que regenera
Em cada novo amanhecer dos filhos que gera.
Em seu ventre conduz o novo paradigma para a humanidade,
Como no crepúsculo que ilumina as camadas superiores da atmosfera,
Como os raios do Sol,
És os raios que ilumina uma nova Terra e uma nova Era.
Mulher, és tu que aquece,
Enriquece o renascer de minha alma
E iluminas meus caminhos.

quarta-feira, 3 de março de 2010

SOU COMPOSTA...


Sou composta...
De desejos,

lágrimas,
felicidade,

momentos,
emoções,

sensações,
amores e
almas a fins...

Enfim...
Sou composta
de mim!

(Renata Mangeon

QUALQUER





Qualquer

Qualquer coisa vira a madrugada a dentro.
Qualquer copo serve o vinho:
Qualquer coisa paralisa às mãos trêmulas,
apaga a palidez da pele fria e úmida.
Qualquer coisa atrai os ventos,
sopra o verde das folhas
quando amanhece o outono.
Qualquer coisa faço e bebo.
Um misto de pó mágico
com água de chuva
para acordar o amor amor
que anda vazio, triste e calado.
Qualquer luz ilumina cenários,
personagens celebram
o beijo de Apolo e Baco.

""Raimundo Lonato""

VERSOS AMIGOS

VERSOS AMIGOS



Esses versos
Que me envias
São bálsamos
Conto com eles
No dia a dia

Recebe-los
Virou mania
São mágicos
Se não os leio
Como seria?

18-02-10
Ninfeia G

O POETA

O Poeta



Nas mãos
um cálice

cheio
de ar.

Na sala
perfumes
lágrimas.


No fundo
as pedras
vestem cores,
estrelas
líquidos.


Não fala
se espalha nas cinzas
fragmentos e folhas
poemas inválidos
deixados no lixo.

Vazio, o poeta
transborda

em nada.

Raimundo Lonato

DIVAGANDO...

DIVAGANDO...


Não sei aonde vou
Mas quero prosseguir
Nem sei onde estou
Mas eu gostei daqui
E quem me abraçou
O seu calor fluiu
Quem de mim gostou
Certamente me sentiu.

20-02-10

Ninfeia G

NÃO ADIANTA...

Não Adianta....

Zena Maciel



Não adianta....adornar os sonhos
com suntuosas fantasias,
se a pobre vida está vestida com
os sujos trapos da realidade.


Não adianta.... enganar o coração...
dizendo que se ama o amor,
se ele murcha como a flor,
no frio ocaso de cada dia.



Não adianta....sorrir com
o virgem sorriso das flores ,
se os cruéis espinhos das dores
ferem o recôndito da alma.



Não adianta... fingir que se é feliz,
porque o que a gente sempre quis
a meretriz vida insiste em negar.


Recife,18/01/2008

VINGANÇA

VINGANÇA
- Damáris Lopes -



Arrisco escrever deste teu jeito
Quando te encostas, e me tiras a pressa
Controladora do meu corpo, feito
Leitura que só a mim interessa.

Não mente este calafrio
Percorre ácido minhas membranas
E como pão que como e fatio
És fermento sólido
Que ao estômago engana.

Oportuno, te devoro com gana
Ambição ingênua de quem maltrata e judia
Sem restrição, teus desvios me encantam
Assim, me vingo em paixão doentia.


ALGUMA COISA

ALGUMA COISA


Há alguma coisa
entre a pele e o osso.

Alguma coisa invísível,
palpável, não perecível.

Entre a luva e a mão,
O sensível, o fluido,
a razão.

Entre o sono e a vigília,
Alguma coisa possível.

Salva as palavras, os homens.

Multiplicam os peixes,
consagram o corpo,
o vinho e o pão.

Raimundo Lonato

AO ÉDEN

AO ÉDEN
Ari Santos de Campos


Vou me atrever a viver contumaz:
- quero enlaçar os meus sonhos aos seus,
sei que em seu mundo não restam jamais
sonhos feridos unidos aos meus.

Minhas malicias ficaram pra trás:
não trilharei mais caminhos ateus...
busco meu mundo, repleto de paz,
tal como um éden - viver semideus.

Neste meu vale sem cor, nem valor,
vejo lampejos cruzando o meu fim;
por isso torno e prossigo no amor.

Se dentre às pedras jogadas em mim,
em qualquer fenda nascer uma flor,
lá, com certeza, farei meu jardim.



PORTAL CEN - Revista A GRUTA DA POESIA