sábado, 29 de agosto de 2009

Soneto

SONETO


Eu calo a triste voz bem lá no fundo
Eu falo de uma dor em si tão fria
Eu beijo um desespero numa via
E engulo um amargor maior que o Mundo.

Insisto em relembrar nenhuma história
Largada pelo hoje em plena pista
Não há maior fedor, por mais que exista
Que aquele que eu beijo numa escória.

Eu grito em uma curva em pé e largada
A culpa da existência em mim nascida
Como um dilema morto em vão, sem fim.

Eu vejo meu presente na calçada
Casada pelo amor de uma ferida
Aquela que nasceu de vez em mim.

Dos Anjos

Último soneto do Poeta,encontrado morto no último dia 11/8 em Passos-MG).

Mara...

Mara sentia pássaros pousando na cabeça.
Solitária, sentia luz nos pés e nos cabelos,
a eletricidade dos relâmpagos.

Numa tarde de setembro, a previsões do tempo,
anunciavam pancadas de chuva.
A casa estava em desordem.
Os ventos levaram as roupas do varal.

Mara, linda, loura, de olhos claros,
uma mulher madura, toda nua,
rodopiava no quintal e aos gritos,
repetia o nome dos amores que a abadonaram.

Via-se em frangalhos refletidos nos espelhos do quarto e da sala.
O amor, recitado pelos trovadores,
amantes e profetas, deveria voltar àquela casa, para salvá-la.

Raimundo Lonato.

Sonhos

Sonhos

Se sonhar for grande pecado
Queira Deus perdoar a quem os tem
Pois quem ti fez assim tão belo
Deveria está sonhando também
Pois tens o aroma das rosas
Essência da vida há em ti
Quando passas fico toda prosa
O sentimento mais puro em mim
Em ti encontro a pureza
Dos contos e romances enfim
Talvez seja só minha cabeça
Que vive pensando em ti
Teu amor é como um passarinho
Que está livre para voar
Os teus braços são como o ninho
Que estão prontos a me abrigar
Como um misto de rara beleza
Assim é, para mim teu olhar
Para tudo, até o universo
O que eu quero, é mesmo sonhar.

Autoria: Mara Laurentino

Faces

Faces

Teu espírito
luz tarde
chegando
a Deus.

Criança
cantando
um verso
acordando
a mãe.

Um espectro
solitário a girar
entre galáxias.

Um nada
ébrio
de tudo.

Raimundo Lonato

SORAIA

SORAIA


“B” rilhos em seus olhos,
“R “ubra sua pele,
“I “mponente mulher
“M”agica e sedutora,
“A”miga

“S”orri com os lábios e com o meigo
“O”lhar,
“R”ara magia de
“A”mor,
“I”nspiradora de minhas
“A”ngustias e paixões.

Aparecido Donizetti Hernandez
28/08/2009 – 23H49

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dura Elegia

Dura Elegia

Senhora, fizeste grande, tão grande, a nossa América.
Deste-lhe um puro rio, de águas colossais:
deste-lhe uma árvore alta de infinitas raízes:
um filho teu digno de sua pátria profunda.

Todos nós fizemos dele querido junto a essas orgulhosas
flores que cobrirão a terra em que descansas,
todos ficaríamos felizes que viessem do fundo
da América, através das selvas e do deserto,
para que assim acariciarem tua fase cansada
sua nobre mão cheia de louros e despedidas.

Porém outros vieram pelo tempo e pela terra,
senhora, e te acompanha neste adeus amargo
para aquele que negou a boca de seu filho
e a ele o inflamado coração que guardavas.
Para tua sede negaram a água que criaste.
O manancial remoto de sua boca afastarão.
E não servem as lágrimas nesta pedra quebrada
em que dorme uma mãe de fogo e de cravos.
Sombras da América, heróis coroados de fúria,
de neve, sangue, mar, tempestade e pombos,
aqui: vem a fundo que esta mãe em seus olhos
guardava para o claro capitão que esperamos:
heróis vivos e mortos de nossa grande bandeira:
O’Higgins, Juarez, Cárdenas, Recabarren, Bolívar,
Martí, Miranda, Artigas, Sucre, Hidalgo, Morelos,
Belgrano, San Martin, Lincoln, Carrera, todos,
venham, encher o vazio de nosso grande irmão
e que Luiz Carlos Prestes sinta em sua cela o ar,
as asas torrenciais dos pais da América.

A casa do tirano tem hoje uma presença
grave como um imenso anjo de pedra,
a casa do tirano tem hoje uma visita
dolorosa e dormida como uma lua eterna,
uma mãe aos prantos, de vingança, de flores,
uma mãe de luto, de bronze, de vitória,
olhará eternamente os olhos do tirano,
até enterrar neles nosso luto mortal.

Senhora, hoje herdamos tua luta e tua dor.
Herdamos teu sangue que não teve descanso.
Juramos à terra que te recebe agora
não dormir nem sonhar até a volta de teu filho.

E como em teu colo sua cabeça faltava
também nos falta o ar que seu peito respira
nos faz falta o céu que sua mão mostrava.
Juramos continuar as detidas veias,
as detidas chamas que em tua dor cresciam.
Juramos que as pedras que virão a deter-te
vão a escutar os passos do herói que retorna.

Não tem prisão para Prestes que esconda seu diamante,
o pequeno tirano quer ocultar o fogo
com suas pequenas asas de morcego frio
e se envolve no impulso silêncio da ratazana
que furta nos corredores do palácio noturno.

Porém como uma brasa acesa incandescente
através das barras de ferro em cinzas
a luz do coração de Prestes sobressai.
Como nas grandes minas do Brasil a esmeralda,
e como em nossos bosques de índole poderosa
sobressai uma estátua de estrelas e folhagem,
uma árvore das terras sedentas do Brasil.

Senhora, fizeste grande, tão grande, a nossa América,
e teu filho algemado combate junto a nós,
a nosso lado, cheio de luz e de grandeza.
Nada pode o silêncio da aranha implacável
contra a tempestade que desde hoje herdamos.
Nada podem os lentos martírios deste tempo
contra seu coração de madeira invencível.

O chicote e a espada que tuas mãos de mãe
passarão pela terra como um sol justiceiro
iluminado as mãos que hoje te cobrem de terra.

O que feriu teus cabelos trocaremos amanhã,
Amanhã romperemos o doloroso espinho.
Amanhã inundaremos de luz o tenebroso
cárcere que há na terra.
Amanhã venceremos
e nosso Capitão estará junto a nós.

Pablo Neruda

Blackout

Blackout

Desconhecia o princípio
das horas de febre e lágrimas.

Amores choraram ciúmes,
soltaram-se,
derramaram-se
em palavras.

Vagarosas,
passaram-se as horas.

Sem respostas às dádivas,
a vida tecia dúvidas
barulhando na alma.

O horizonte deixou marcas
sentindo tua pele.
O céu e o sol refletiam teus olhos,
Nos rituais de guerra.

Ao celebrar a vida,
teu suor regava
flores e pastos.

Em êxtases,
lambias os lábios dos dragões,
sorvias o calor e a fúria dos guerreiros.

Na tua ausência, não choramos.
Semeamos tuas sementes,
recolhemos teus frutos.

Raimundo Lonato

Blackout
(Para Cesar Gambirra.No mundo espiritual desde 5/08/09)

Por que te amo?...

Por que te amo?...

Por que tentar explicar
O que é inexplicável?
Como falar de um amor
Misterioso, adorável?...

Te amo pois te preciso,
Te amo de amar sem fim!
E espero que também
Tu necessites de mim...
Te amo porque te amo,
É isso... simples assim!

Se te amo, simplesmente,
Porque amo te amar,
Se adoro te adorar,
Se te quero loucamente,
Que posso pedir aos céus?
Que dure infinitamente!...

Te amo porque te amo,
Te amo de amar sem fim...
Te amo porque te amo,
É isso.. simples assim!

Oriza Martins
Deus...

Dai-me o poder de não desanimar
De poder olhar para o futuro com alegria
De esperar todos os dias algo de bom...
Não me deixe desistir
Levante-me os olhos para a vida,
e que ela possa me parecer linda sempre.
Só o Senhor tem o poder de me iluminar,
então, faça da minha vida uma claridade plena,
faça que meu coração sinta a luz do amor,
e que eu possa dar amor ao meu irmão
sem medir esforços.
Lhe peço ainda: Não me deixe parar
nunca, e que minhas esperanças
se renovem a cada dia!

(Vilma Galvão)

Quero

Quero

Quero a vida em plumas,
verdes, azuis e rosas.

Quero o céu,
quero o mar.
quero tudo.

Ó, alma!

Quero pular
e cantarolar.

- Larilaralá!

Ó, vida!

Quero cantar
a alegria das cores
quero ser pássaro
soltando as cores no ar.

Raimundo Lonato

Na Tristezsa ou na...

Na tristeza ou na alegria,
Talvez por nostalgia,
Viajo em busca da poesia.
Sinto a beleza da criação,
Que invade minha alma,
Procurando a inspiração.
Sorriso sem sentido,
Tentativa de controle,
Ordem no caos sem razão.
Enfim,
Veias abertas da emoção,
Transpiro palavras de amor,
Carregadas de paixão.♥


(Alberto Leal - 9 dezembro 2004)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

À tua Procura

À TUA PROCURA

Poderia ter esperado?
Em muitas vidas, te esperei,
Nem em todas te encontrei.

Procurei-a nos montes,
Nos vales, nas florestas e
Entre as flores.
Procurei- a nas batalhas e
Nos refúgios.
Procurei-a nas Cruzadas,
Junto aos cristãos e aos mouros.
Procurei, procurei...

Entre sinais que cortam o espaço
E dele voltam
Encontrei-a em uma tela.
Mas nem sempre a tela
Me permite vê-la;
A tela ainda é controlada por Homens,...
Homens que não me deixam vê-la.

Aparecido Donizetti Hernandez

domingo, 16 de agosto de 2009

LA AHOGADA DEL CIELO

LA AHOGADA DEL CIELO


Tejida Mariposa, vestidura
colgada de los árboles,
ahogada en el cielo, derivada
entre rachas y lluvias,sola,sola compacta
con ropa y cabellera hecha jirones
y centro corroidos por el aire inmovil, si resistes

la ronca aguja del invierno
el rio de agua airada que te acosa. Celeste
sombra, ramos de palomas
roto de noche entre las flores muertas.
yo me detengo y sufro
cuando como um sonido lento y lleno de frio
propaga tu arrebol golpeado por el agua

PABLO NERUDA..

sábado, 15 de agosto de 2009

Marcas

MARCAS


A felicidade começa quando nascemos?
A felicidade é um dos objetivos da vida,
Quando a temos, quando a teremos?

Na infância, quando brincamos,
Contemplando e se deslumbrando
Em cada nova descoberta.

Na adolescência, quando descobrimos
O que pode ser o amor e a dor?
Quando pensamos que somos o
Centro do mundo, e ele gira a nossa
Volta!

Na meia idade, quando pensamos que
Já passomos por tudo, mas ainda não
Passamos por nada.

Na velhice, quando tememos...
Tememos até o amor.
Quando começa a felicidade?

A felicidade é uma busca constante,
E para encontrá-la, temos que ter as marcas,
As marcas do tempo e que...
Que as marcas do tempo deixem em nós,

não somente lembranças,
mas também pequenas brumas de felicidade!

Aparecido Donizetti Hernandez
15/08/2009 – 06h41

Vocês

Vocês


Gentil Camargo





É ele sim: conheço o seu passinho;

E o suave cheiro que ele tem, conheço;

Mas fecho os olhos, finjo que adormeço:

Quero sentir melhor o seu carinho.



O livro em que da vida inglória esqueço,

Retira-me das mãos, tão de mansinho,

– “Papai…” me chama; e dá-me o seu beijinho,

Compensação de tudo o que padeço.



Depois se afasta. Deixa-me pensando

Em quando ele for grande; e mesmo quando

Todos forem crescidos de uma vez,



Continuarei a vê-los bem pequenos,

Buscando até, em coisas de somenos,

A maior alegria de vocês.

tudo...

"...Tudo o que é belo tende a ser simples.
Afirmação generalizante?
Não sei.
O que sei é que a beleza
anda de braços dados com a simplicidade.

Basta observar a lógica silenciosa que prevalece nos jardins.
Vida que se ocupa de ser só o que é.
Simplicidade é um conceito
que nos remete ao estado mais puro da realidade.
A semente é simples
porque não se perde na tentativa
de ser outra coisa.
É o que é...
Não desperdiça seu tempo
querendo ser flor antes da hora.
Cumpre o ritual de existir,
compreendendo-se em cada etapa."

(Fábio de Melo)

Mudanças

Mudanças



Nascemos
sem palavras
só choro
e gritos.

Afagos da mãe,
olhares do pai.
Ao redor,
a família
toda olha.

Cortamos:
as unhas,
os pêlos
do nariz
do ânus.

Limpamos
os dias,
as horas
o ano.

Palavras voam...
mudam gramáticas.
Mudos
ouvimos a eternidade
divina luz evoluindo
renascendo em nós.

Raimundo Lonato

domingo, 9 de agosto de 2009

Minha Tereza

Minha Tereza


Vejo-te lenvantar,
Falta muito para o Sol nascer,
Prepara-te, para mais um dia.

Vestes, uma calça sobre a outra,
Uma camisa, sobre a outra,
Prepara o rosto..., suave maquiagem,
Coloca um grande lenço, cobrindo a cabeça,
E parte do rosto.


Sobre a cabeça grande chapeu de palha,
É mais um dia, com a peneira as mãos,
Abanando café.

Café que para esperar-te,
Deu linda e grande florada,
Produzindo lindos frutos,
Somente para ver-te de peneira as mãos,
Sob o Sol escaldante, dos cafezais Paulista.

Aparecido Donizetti Hernandez
09/agosto/2009 – 23h10

sábado, 8 de agosto de 2009

Arte

A arte é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez!

novas gerações

[...]As novas gerações têm que ser lembradas da parte desumana da luta política de nossa história; e outras gerações que fizeram de conta que não viram ou não souberam também devem ser lembradas.
Nossa jovem democracia foi conquistada com sangue e às custas de tortura de muitos seres humanos; e não podemos abrir mão da sua consolidação.

Aparecido Donizetti Hernandez

VOCÊ É DE DEUS

VOCÊ É DE DEUS (Aline Barros)

A caminhada com Jesus não é facil eu sei
Cair e levantar escreve a tua história
Mas o que te sustenta é o mesmo que não julga
Ainda te surpreende dando mais amor
E Ele te ensina a prossegulr sem medo
Pois todas as algemas Ele já quebrou

Você é de Deus
A graça que te cerca te mantém de pé
Você é de Deus
Nada te separa do amor que Ele é
Você é de Deus
E dessa verdade pode se apostar
Você é de Deus
Ele é a fonte do recomeçar...

Guardar

Guardar

Guardar pedras,
ouvir a chuva.

Guardar a natureza.
Imitá-la,
vivê-la,
ouvi-la.

Guardar
pássaros e sereias.
Ver e ouvir
o vai-e vem
dos vaga-lumes.


Imagens em círculos,
seguem as borboletas.

Guardar invernos.

O olhar aberto
sonha e guarda
primaveras.

Raimundo Lonato

Citação

Citação


Imitando pássaros,
sou uma criança
a guardar formigas.


Raimundo Lonato.

A Pressa

A Pressa
A pressa
apressa
a presa.

A pressa
esquece
a hora.

A prece
ex
pressa
a massa.

a prece
ex
pressa
um terço.

A prece
aquece
a calma.

Raimundo Lonato

Rodrig/ando II

Rodrig/ando II

Um moinho move
uma hora, um dia.
A vida passa
dentro/fora.

Mira-se
move-se.
Vira-se ave
ou ninho.

Ondas
movem-se
no rio.

O céu
n amor a
a cor da
a cor
no mar.

Segue o sol
a verde aurora
viva a flor a
dentro/fora.

Raimundo Lonato

terça-feira, 4 de agosto de 2009

METAMORFOSE

METAMORFOSE




Durante a vida as experiências por nós vividas formam o que podemos chamar de conceitos culturais, onde a formação de nosso caráter humano é o conjunto de que vivenciamos e os exemplos que temos, em especial de nossos familiares e amigos que temos como exemplo.

A máxima sempre dita “Dizes com quem andas que direis que és”, não se aplica à formação de caráter e de atos do ser humano; (Lembrem-se Judas andava com Cristo e Pedro também, traiu e o renegou) por que a atitude e as ações de indivíduos não se têm somente em uma única experiência, mas em muitas expiações.

Conheci pessoas que apesar de uma educação tanto de bons exemplos familiares, quanto em uma relação sócio cultural de “alto nível” ter a maldade e a mesquinhez como prática cotidiana, reforçada ainda por todo tipo de pré-conceitos, e conheci pessoas que apesar de uma origem simples sem muita educação formal e pouco acesso a informações do mundo, a não ser de seu pequeno e localizado mundo, com uma bondade e altivez e uma profunda visão humana, de respeito à adversidade, que com toda certeza surpreenderia qualquer estudioso e antropólogo.

O ser humano não tem a capacidade da metamorfose, mas tem a capacidade com seu livre arbítrio de construir e seguir novos e melhores caminhos.

Temos que nos indignar com as maldades, a maldade que destrói outros seres humanos, a própria Terra e a ambição no sentido de ganância que também vem destruindo nosso planeta e outros seres humanos e deixando marcas de destruição.

A Terra tem a capacidade da metamorfose e poderá destruir quem tenta destruí-la, para continuar em sua órbita perene.


Aparecido Donizetti Hernandez
23/02/2007

Um Pequeno Grão!

Um Pequeno Grão!

O que somos, para onde vamos é o que todos queremos saber!
Há teses e mais teses a respeito, mas vamos ver onde estamos, estamos em Planeta que já destruiu a vida, quando da era glacial.
Por que a vida foi destruída!?

Será que não foi para uma nova espécie poder se desenvolver, a espécie humana.
Há uma teoria que a terra tem o poder da metamorfose, poderá destruir quem tenta destruí-la para continuar na sua trajetória perene.
Somos seres racionais e estamos ajudando de forma maior ou menor o nosso habitat ser destruído.

A água que é fonte da vida poderá em poucos anos faltar.
Mas aterramos um olho d’água sem a menor sem cerimônias; há isso é insignificante!, Não atentamos que um pequeno olho d’água faz parte de um grande complexo aqüífero.

Um minúsculo fio d’água é que forma o córrego, que forma o rio que forma o Mar.
Nos indignamos quando vemos as imagens das grandes chaminés poluindo, quando vemos de forma trágica as geleiras derretendo.
Mas você já se indignou quando do seu lado do lado de sua casa minas d’água são aterradas, com isso matando riachos e córregos.

Você já se indignou, quando os pequenos e grandes rios em especial das regiões densamente habitadas transformam em condutores de esgoto, ou você é daquelas pessoas que querem vê-los fechados por concreto para não ver a verdadeira dimensão de sua poluição.

Há Leis ambientais que determinam sua preservação, mas somente são eficazes quando aplicadas e aplicadas a tempo.

A preservação da vida humana está nas mãos dos próprios seres humanos, faça sua parte, mesmo que você ache que é um grão de areia nesse oceano, acredite as grandes obras e a natureza é feita de peças microscópicas.

Aparecido Donizetti Hernandez
29 de Novembro de 2007.

Pelos Desejos Inibidos

Pelos Desejos Inibidos


Pelos desejos inibidos,
Pelos desejos castrados,
Pelos desejos reprimidos,
Pelos desejos julgados e condenados,
Pelos desejos.

Por aquilo que você pensa que sabe,
Por aquilo que você não saberá mais,
Por aquilo que sentiamos,
Por aquilo que não sentimos mais.

Pela morte dos gregos e dos troianos,
Pela morte das angustias,
Pela morte das possessões e das lembranças,
Pela morte da saudade.

Pelos dias que nasciam do mesmo modo que acabavam,
Pelos novos dias que irão nascer,
Pelas lembranças, que serão boas.

Por uma vida nova,
Por uma memoria nova,
Por um livro novo e pelos capítulos que não bastão mais.

Pelas lágrimas que secaram,
Pelos risos que surgiram,
Pela minha vida que renasce.

Camila Solera

Um Rio

Um Rio

Uma
pérola
a mais
no mar
distante.


O Tietê
em lama,
declara
água
à flor.

Num
ninho
o
poeta
fala
e
cala
sozinho.

Raimundo Lonato

Quero nascer de novo

Quero nascer de novo cada dia que nasce.
Quero ser outra vez puro, cristalino.
Quero lavar-me, cada manhã, do homem velho,
da poeira velha,
das palavras gastas,
dos gestos rituais.

Quero reviver a primeira manhã da criação,
o primeiro abrir dos olhos para a vida.

Quero que cada manhã
a alma desabroche do sono
como a rosa do botão,
e surja,
como a aurora do oceano,
ao sorriso de teus lábios,
ao gesto de tua mão.

Quero me engrinaldar para a festa renovada
com que cada dia nos convidas
e desdobrar as asas como a águia
em demanda do sol.

Quero crer, a cada nova aurora,
que esta é a definitiva,
a do encontro com a felicidade,
a da permanência assegurada,
a de teu sim definitivo.

( Dionísio Fuertes Alvarez ), do livro
Preces e Mensagens Espirituais

Vai-e-vem

Vai-e-Vem

O vento
vai e vem.

Vem e vai
leva a lã
no horizonte
do varal.

A v e

n

a v e

em pouso.


A calma

vaga

no ar.



Salva e sã
a vida salta
um luar
uma manhã.

Raimundo Lonato

Poemínimo para ti

Poemínimo para ti.

Pássaros cantam
Ouvem ondas
Bebem sol
após o mar.

Raimundo Lonato

NÃO ESPERE...

NÃO ESPERE...

Não espere um sorriso para ser gentil...

Não espere ser amado para amar...

Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de um amigo...

Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante em sua vida...

Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar...

Não espere a queda para lembrar-se do conselho...

Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida...

Não espere a pessoa perfeita para então se apaixonar...

Não espere a mágoa para pedir perdão...

Não espere a separação para buscar a reconciliação...

Não espere a dor para acreditar em oração...

Não espere elogios para acreditar em si mesmo...

Não espere ter tempo para servir...

Não espere que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado...

Não espere o "eu também" para dizer o "eu te amo"...

Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir...

Não espere o dia de sua morte sem antes amar a vida!!!

(Pescador de Ilusões)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Sol/Ela

Sol/Ela

Uma estrela
clamava
alegria.

A
H!
Ora
ia.

Uma luz
na janela
um sol
ao meio-dia.

Não anjo,
nem Deus
Só ela
soluçava
nostalgia.

Raimundo Lonato