quarta-feira, 28 de abril de 2010

MINHA TENDA


MINHA TENDA
Aparecido Donizetti Hernandez



Caminhos difíceis, decisões impossíveis,


Como posso viver sem ti, como posso viver contigo!


Procuro-a nas minhas lembranças,


Encontro-a em vagas memórias de tempos felizes,


Encontro-a em minha tenda, com seu vestido rodado.



Seu rosto, somente aparece de forma turva,


Tento te esquecer... Mas quero lembrar,


Lembrar dos tempos em que caminhávamos juntos,


Tempos em que cavalgamos lado a lado.



Quero te esquecer, preciso lembrar,


Lembrar da felicidade em te ver em te ter,


Lembrar dos tempos que minha tenda era nosso abrigo,


Lembrar de seu vestido rodado, de seus brincos, seu sorriso,


De seu choro de nossa alegria.



Quero te esquecer, não posso...


Fecho os olhos e seu rosto aparece de forma turva,


Meus olhos lembram suas curvas,


Meus dedos no ar tentam acariciar sua silueta turva,


Não me esqueço de suas curvas.



terça-feira, 27 de abril de 2010

OLHO ALÉM E NADA VEJO


OLHO ALÉM E NADA VEJO
Elisabeth Misciasc
i



Faço do meu silêncio a contestação
Percebo que em cada volta ou em cada ida,
Olhava além, mas nada via... Sangrando o coração
Chorei baixinho a antecipada dor da partida..,
Lágrimas que jamais secarei, nem tão pouco compreenderei
Tanto Adeus que não se explica, onde não quero aceno nem despedida
Tentando acreditar que amanhã ao despertar
Tudo será como antes, feito pesadelo, ou uma noite perdida
E não haverá nesse mundo ninguém em lamento chorar
Eu preciso confiar ,que sempre haverá volta em cada ida
Que meu silêncio tem razão, que tudo se pode resgatar...
Porque movida de emoção, me rebelo sem guarida
Fingindo que a realidade é ficção, não é a verdade em mim reprimidaa,
Diante de minha impotência, numa cruel ingenuidade
Olho além e nada vejo... Apenas vejo um vazio que critico
E o partir “num vôo único”...
Transformando-se em saudades.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A NOITE TE ESPERA


A Noite Te Espera

-Damáris Lopes -



Não corre vácuo neste sangue quente
Onde habita só, a intuição do ser
Onde derrame jorra inocente
Amor profano que anseio em ti viver.

E, pela face demolidora e ativa
Vestígio explosivo vem-nos agir
Forte é o peito que aquece tua diva
Como quem pede a pele para cerzir.

Vens na destreza de tua conduta
Aos pés daquela que ousa e seduz
Como artífice tece filigrana

Deixes ardentes os corpos em luta
Sem o dormir da cama por tanta luz
Sem sono espera a noite que te clama.

[http://amarispoesia.blogspot.com/]

LÁGRIMAS


A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez


LÁGRIMAS
Aparecido Donizetti Hernandez



A lua e sol parecem se encontrar no céu...
Tão próximos... Tão distantes,
Lembra o nosso amor... Que em lágrimas a distância transborda
Como os rios em época de tempestades,
Que arranstam os galhos e refazem as margens...
Devastam o que estava para refazer,
E que não estava; constroe e destrói...
Suas lágrimas me emudecem...
Calando meus lábios com seu olhar,
Suas lágrimas e meu calado olhar...
Emudece nossas vidas, construindo esperanças,
A esperança de que suas lágrimas não a conduzam à tristeza,
Mas conduzam ao mar e que retornem como as nuvens em chuva de esperança,
A esperança de renascer, renascer cada dia o nosso amor
E a esperança de nos ver,
Como as águas que evaporam indo aos céus,
E retornam como lágrimas para molhar a terra e correm ao encontro do mar.
Meus olhos correm ao encontro dos seus,
Com a esperança do reencontro de seu corpo em busca de nossas almas,
Recriando em gotas que sai de seu olhar, o meu rio, meu mar.


Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez

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Lilian Regina de Andrade


Postado no grupomahavidya
em 26 de abril de 2010

sexta-feira, 23 de abril de 2010

SOU ALMA PEREGRINA

SOU ALMA PEREGRINA
Clicia Pavan



Sou alma peregrina,
que caminho rompendo
a madrugada...
Caminho no imenso deserto
da minha vida.
Esperando nos teus braços
um oásis encontrar...

Sou alma peregrina,
na terra dos sonhos.
Procurando meus sonhos achar,
ou no horizonte
um arco-íris colorido
de felicidades encontrar...

Sou a que sonha ser tua amada,
e nos teus braços encontrar a paz...


Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez
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Postado no grupo mahavidya: Lilian Regina de Andrade

domingo, 18 de abril de 2010

POESIA

POESIA

Aparecido Donizetti Hernandez




A poesia é a influência da vida,
a vida de muitos e muitas
que estiveram aqui em seu tempo, “O TEMPO NÃO PARA...”
cada qual contribuindo para seu próprio aprimoramento
e o aprimoramento do mundo... e o aprimoramento da vida.

A vida é a experiência acumulada em muitas expiações,
construindo a história da humanidade,
que é mais jovem que a história da Terra.

A poesia é a arte formidável de expressar o sentimento humano,
Poesia é arte...
A arte é conseqüência da própria vida,
viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.
A esperança da vida... de outras vidas... e de nossas vidas.

sábado, 17 de abril de 2010

SEMANA CULTURAL - PARANÁ

SEMANA CULTURAL



II FESTIVAL DE ARTE E LITERATURA DA EDUCACÃO - PARANÁ




CHÁ LITERÁRIO

2010


ENCONTRO

Valdir Merege Rodrigues



Esta manhã

levantei-me antes

do sol

nascer...

Tudo como dantes,

estava no arrebol,

o mesmo impacto

da noite

com o dia

no rosicler do encontro!



O céu

magicamente se abriu

como olhos

rejuvenescidos.

Mansamente o orvalho caiu

sobre os abrolhos

do vasto campo

da vida e do tempo

na madrugada do sempre!



Encontrei-me com o alvorecer,

pus-me num canto,

um tanto

pensativo...

A suavidade do vento

é um doce canto

à brisa,

cuja partitura que alisa

só os pássaros conhecem...

- O autor é Deus!




RIO PINHALÃO

(RIBEIRÃO GRANDE)

Lairton Trovão de Andrade



Águas mansas, mansas águas,

Que descem pelas encostas,

Brincando com redemoinhos,

Levam sonhos, levam mágoas,

Decepções cheias de crostas,

Em chorosos burburinhos.



Do Rio, em cada paragem,

De alegria ou de tristeza,

Há história pra contar;

A enchente que alaga a vargem,

Com a forte correnteza,

Arrasta histórias pro mar.



Como é imensa a saudade

Dos infantes gorjeios tantos

Em águas do Ribeirão!

Foram-se a felicidade

Que trouxera seus encantos

Às ondas do Pinhalão!



As flores das quaresmeiras

Povoam suas barrancas,

Matizando águas do Rio.

Sobre as verdes trepadeiras

Pousavam garcinhas brancas

Que voavam pro céu de anil.



Na altura do “Lavador”

Senhoras branqueavam roupas,

Num festival de alegria.

O ágil Martim Pescador

Prendia-se nas garoupas

Da pujante cercania.



E a tranqüila criançada

Saltitava em algazarra

Na prainha do “Razão”.

Os gritos da petizada,

Como canto de cigarra,

Zumbiam no Ribeirão.



O “Poção”, a “Corredeira”,

A velha “Ponte-de-Pedra”

O lago ameno da “Usina”!

A brIsa da “Amoreira”,

Beleza que ainda medra

Até a saudosa “Turbina””



Extensa aguada em represa

Na “Ponte da Serraria”

– Cevada região pesqueira!

Ali, havia a certeza

De pródiga pescaria

De segunda à sexta-feira.



O Rio declina o planalto...

É mais bravio na ladeira

– Protegido pela mata.

Tomba, espumejante, do alto,

Criando linda cachoeira,

Em dobres de serenata.



Que saudade eu tenho agora

Dos meus tempos de esperança

Nas margens do Pinhalão.

Saudade tanta se aflora

Dos dias quando, em criança,

Sonhava meu coração.



... E descem as mansas águas,

Descem pelas encostas,

Águas do rio que se expande...

Leva sonhos, leva mágoas,

Decepções cheias de crostas,

O calmo Ribeirão Grande.


Nas Águas de Amaralina

Aparecido Donizetti Hernandez





Como o mundo me encanta
Quando ando pelas planícies,
Quando posso andar próximo
Às cachoeiras...

Poucas vezes tenho tempo,
Poucas vezes tenho a permissão,
Como amo a Terra!

À poucos dias caminhando,
Em lugar de linda mata,
Protegida por Xangô,
De rios com a mata ao seu redor.


Lá estavam três lindos anjos a brincar
Com a doce bruma das águas,
Nas águas de Amaralina,
Junto de Inhanã,
Bem perto de Iemanjá!

domingo, 11 de abril de 2010

EU COMIGO

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.
Aparecido Donizetti Hernandez


EU COMIGO
Helena Kolody


Muito briguei eu comigo,
tive raiva,
me insultei.
E, de incontido desgosto,
em meu próprio ombro chorei.



Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez

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Lilian Regina de Andrade

VELEIRO DA MINHA VIDA

Veleiro da minha vida
Eliane Couto Triska



Já tanto navegamos nestes mares,
Aconteceram traumas,incertezas.
Encostas adernaram correntezas,
Nas vagas, a Ilusão teceu altares.


E do vento nevoento, ouvi o grito
De um sonho macerado e sem futuro;
Ao sol, a garimpar do mar escuro
O róseo céu de um triste amor proscrito!

Veleiro! Vê meu pé sujo de barro!
Serve-te d'água, lava-o, deita o jarro
E ancora no pincel da desenhista

Que pinta seu desejo em outro porto
E dize ao Pai Maior: - Volto em agosto
Nos ecos da escotilha: Terra à Vista!!!!!!!

Canoas/RS- Brasil

quarta-feira, 7 de abril de 2010

SIMBOLISMO DE UMA ROSA

A arte literária é consequência da própria vida, viver é a arte do inexplicável, das dúvidas e da esperança.

Aparecido Donizetti Hernandez

SIMBOLISMO DE UMA ROSA
Aparecido Donizetti Hernandez



Por mais que nosso coração
tente reter e guardar mágoas,
por mais triste que estejamos,
por mais espinhos que tivemos
durante nossa existência,
nunca deixamos de ter a coisa mais importante,
que Deus nos deu e seu filho nos ensinou
quando esteve entre nós – o amor!

Em realidade, nosso coração,
por mais mágoas e solidão que sente,
nunca deixará de ser o jardim do Senhor
- Onde brota o amor –
Em um jardim pode até ter ervas daninhas semeadas
por pássaros da solidão e das mágoas,
mas sendo um jardim, sempre haverá lugar para as rosas,
e ela sempre chamará mais a atenção que as outras plantas.
Ela simboliza o amor, será sempre o que mais despontará,
mesmo quando nosso coração parecer rodeado de fogo
que queima e nos maltrata.




Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez
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Lilian Regina de Andrade
Postado no grupomaraavidya em 04 de abril de 2010.

É UM CÉU OS TEUS BRAÇOS

É UM CÉU OS TEUS BRAÇOS
Tarcisio Ribeiro Costa


Na fadiga de um dia de labor,
"É um céu" encontrar os teus braços,
Que me aquecem com o seu calor,
É mesmo que trocar o cansaço,
Pela placidez do amor...

Está dominado o meu ser,
As tuas palavras de amor
Transfazem o meu viver.

Teu amor é uma salvação,
Por isso quero ser a fagulha
Que incendeia o teu coração.

Que o nosso caminhar tenha a amenidade
dos campos floridos
E que tudo entre mim e ti
Se convirja para a felicidade.



Postado no grupomaravidya: Lilian Regina de Andrade

A PONTE

A PONTE
Gislaine Canales


Ponte forte na estrutura,
cimentada de ternura,
é a ponte do coração.
Cada pilar mais profundo,
suporta o peso do mundo
e as enchentes da emoção...

Para a ponte atravessar
é o bastante a gente amar,
pois quem ama quer viver...
E da própria realidade
forjar a felicidade
e a travessia vencer!

Em meu projeto de estrelas,
posso uma a uma acendê-las
em qualquer rumo que aponte,
que luzirá no universo
um brilho a mais no meu verso
na travessia da ponte!



Postado no grupomaravidya: Lilian Regina de Andrade

TROVA

TROVA
Lairton Trovão de Andrade

A paz é conquista interna,
pura ausência de ansiedade;
tranquilidade que externa
prazer e felicidade.







Postado no grupomaravidya: Lilian Regina de Andrade

É TUDO O QUE SINTO

É TUDO O QUE SINTO
Paulo Leminski

Inverno
É tudo o que sinto
Viver
É sucinto



Postado no grupomaravidya: Lilian Regina de Andrade