segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Visita estranha

Visita estranha



Visitam-me o peito
loucos relâmpagos
murchos crisântemos
amores desfeitos.

E sinto o cheiro das fantasias
e o mundo é um labirinto,
a alma de minha poesia,
e me trovejam dores
e provo outros sabores
e paro crias!

Pontuam-me saudades
e sou um homem frágil,
verões de piedade,
invernos de alforrias
e a chuva dá-me beijos
e o sol queima-me os desejos
e revisitam-me o peito
trovões, relâmpagos e agonias.



Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 26/11/2007
Código do texto: T753212

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