terça-feira, 23 de outubro de 2007

Nunca mais outra vez

Nunca mais outra vez

Um dia saberei quem sou:
flor ou jardim,
o tempo ou a ausência de tudo
ou o que silencia a minha voz
ou o barulho das palmas
para as palavras do meu absurdo
para quem nunca calou minh’alma.

Saberei se sou o mar ou o mundo
e se o meu amor pertence
a algum coração furibundo
que deixou de gostar-se
para amar de verdade a esse vagabundo.

E se tudo tiveres conseguido já
até do teu corpo os vinténs da vida,
serás a amante de minhas despedidas
e a nenhuma outra mulher amarei mais
como a ti um dia o meu coração rapaz
começou a amar-te homem de tudo!




Paulino Vergetti Neto
Publicado no Recanto das Letras em 23/10/2007
Código do texto: T706022

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