sábado, 13 de setembro de 2008

Temperança

Temperança

Não espere em mim
nem me cobre o coração
a alma em prata limpa é impune
não me queira im-possíveis paixões
e abraços infinitamente vagos

beijos frívolamente apertados
não enternecem o olhar ácido
que trago em minha cara lavada
nem espaços que o vento além
insiste em preencher

sou aura branca envolvendo um corpo
que delira febres e espasmos
uma porta fechada sem trancas
reacendendo em claras chamas
o pavio que jazia em cinzas

Bia Marquez

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