domingo, 21 de setembro de 2008

Sertão

SeR_TãO

Longas tardes de verão,
o céu aparenta mais perto,
sol chicoteia o sertão,
inocente, pensa ser esperto.

Os pássaros soltam grunhidos,
ensandecidos pelo esquecimento,
tentam desafinados pedidos,
num uníssono de lamento.

Sertanejo de olhar lagrimejante,
homem valente, resistente espera,
dias e dias com seu olhar clamante,
sonhador permanece na terra.

Meninos brincam sem entender,
vivendo uma solidão da alma,
impedidos pela vida de viver,
sentem uma mão que acalma!

Sandra Almeida

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