quinta-feira, 31 de julho de 2008

Habita...

Habita em mim um Universo paralelo
Meu infinito particular, desconhecido
É por lá que fico fora de órbita
e mora meu lado incomprendido.

Lá meus rastros são poeira
que se apagam quando erro ou tropeço
Não há cobranças nem caminhos certos
Na dúvida é só seguir reto.

Nada pesa dentro de mim, pois levito
E leve flutuo em pensamentos sem censuras
Não há maldades, não há inveja, não há cobiça.
Só doçura.

No meu céu os cometas me dão carona,
me levando prás minhas esquinas, meus cantos obscuros
É lá que encontro meu amor-próprio, escondido,
totalmente abandonado e inseguro.

E o dia não tem hora prá acabar
pois o tempo sou eu quem faço
Não há ponteiros no meu relógio
visto que prá tudo há espaço.

E quando a realidade me chama
piso suave na terra que treme
Minh'alma, que por lá canta
triste retorna e geme.

Mas deixo a porta aberta,
nesse meu Universo sem fim
Sem pensar duas vezes eu volto,
mas lá, deixo uma parte de mim.

(Mell Gliter)

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