domingo, 27 de julho de 2008

Fardo/Ardo

FARDO/ARDO.

Meus mortos,
escrevem
palavras
trêmulas.

Ardo
com fardos
e enfados
verbais.

Onde posso
descansar as mãos
que teclam poemas
com lágrimas
e agonia?

Vivo estou
ou sobrevivo
à espera das almas
consoladoras?

Ó! fardo.
Esse viver sem poesia.

(Raimundo Lonato)

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