quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Hibernagens



Hibernagens



Hiberno o teu inverno
dentro de mim
passeando a sol aberto
e gritando no silêncio morno
ou semimorto
destes meus versos.

Abstrata me é a carne
e é por isso que vivo a poesia,
essa razão fina de minha vida
e toda a rima de minha vontade.

A poesia é tenda
e verso é alma,
é o que me agita
e me acalma.

As estações primaverizam em meu peito
acordado e satisfeito
e cheio de medos.
Hiberno por mim com o meu inverno,
eterno inferno...
e pleno céu.
Tudo habitado.


Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 13/12/2007
Código do texto: T776181

Nenhum comentário: