domingo, 10 de janeiro de 2010

CORAGEM DA FÉ

ViaLactea: Jorge Cardenas

CORAGEM DA FÉ

Todo aquele que me confessar e me reconhecer diante dos homens, eu o reconhecerei também, eu mesmo, diante de meu Pai que está nos céus; e todo aquele que me renegar diante dos homens, eu o renegarei também, eu mesmo, diante do meu Pai que está nos céus. (São Mateus, cap. X, v. 32,33)

Se alguém se envergonha de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará também dele, quando vier sua glória e na de seu Pai e dos santos anjos. (São Lucas, cap. IX, v. 26)

A coragem de opinião sempre foi considerada entre os homens, porque há mérito em afrontar os perigos, as perseguições, as contradições, e mesmo os simples sarcasmos, aos quais se expõe, quase sempre, aquele não teme confessar claramente idéias que não são as de todo mundo.
Aqui, como em tudo, o mérito está em razão das circunstâncias e da importância da opinião e em renegá-la, mas há casos de uma covardia tão grande quanto e de fugir no momento do combate.
Jesus assinala essa covardia, do ponto de vista especial de sua doutrina, dizendo que se alguém se envergonha das suas palavras, ele se envergonhará também dele; que renegará aquele que o tiver renegado; que aquele que o confessar diante dos homens, o reconhecerá diante do seu Pai que está nos céus; em outros termos: aqueles que tiver medo de se confessarem discípulos da verdade, não são dignos de serem admitidos no reino da verdade. Perderão o benefício de sua fé, porque é uma fé egoísta, que guardam para si mesmos, mas que escondem com medo que lhes cause prejuízo neste mundo, enquanto que, colocando a verdade acima de seus interesses materiais, aqueles que a proclamam abertamente, trabalham ao mesmo tempo para o seu futuro e do outros.
Assim o será com os adeptos do Espiritismo, uma vez que a doutrina, não sendo outra senão o desenvolvimento e a aplicação do Evangelho, é a eles também que se dirigem as palavras do Cristo. Semeiam na Terra o que colherão na vida espiritual: lá, colherão os frutos de sua coragem ou de sua fraqueza.


O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Paginas 289, 290 – Capítulo XXIV

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