terça-feira, 23 de junho de 2009

Comandante dos Homens Livres

Comandante dos Homens Livres

Capitão Luiz Carlos Prestes,
general dos homens livres,
comandante revolucionário
do Exército Popular Brasileiro...
... às suas ordens, meu general!

Ordena, comandante, e nós obedeceremos,
porque sob seu comando
a coragem, a valentia do povo brasileiro.
O sangue mesclado de índios, negros e brancos,
em toda sua magnitude, terra, ferro, água e fogo: brasileiros!
Orgulhosamente brasileiros!
Acima de tudo, acima de todos: brasileiros!
Valentes, combatentes aguerridos. Nossa coragem
é do tamanho dos nossos rios, campos e florestas.

A brasa que ferve no sangue de escravos e explorados,
a brasa vermelha e líquida que corre nas veias
de cada irmão brasileiro: presente, meu general,
porque esta luta é a luta do povo
contra traidores a serviço dos estrangeiros!
Onde devemos atacar?
Em quem devemos atirar?
Quais os traidores da Pátria a serem justiçados
Pelas forças populares?
Ordena, meu general, porque hoje
tens em vossas mãos o mandato popular
da história mil vezes falsificada.
Sua marcha heróica cruza o país,
a mais longa marcha militar
da história da humanidade.

Sob fogo cerrado, enfrentando armas
mais modernas e poderosas
o guerrilheiro brasileiro resiste, e vence,
porque é índio, negro e branco:
três raças, três povos, unidos em um só!
Somos três vezes mais fortes,
três vezes mais poderosos
em qualquer campo de batalha.
Avante, meu general!
Porque brasileiros de todas as gerações
te contemplam e te aplaudem:
o povo em armas, guerrilheiros marchando,
o Brasil de pé, soberano e invencível!

Avante, meu general!
Porque a luta pela liberdade nunca termina
e estaremos sempre, no dia a dia, nas décadas futuras,
travando combates diários em defesa da nossa Pátria,
do nosso povo traído e marginalizado.

Caminhos que se cruzam em décadas futuras e passadas.
General dos homens livres, obrigado pelo exemplo,
Obrigado a cada soldado, cada oficial tombado em combate
Porque a luta nunca termina. Por isso escrevemos:
Avante, meu general, eternamente vivo e presente!

José Gil de Almeida

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