segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Olhos tortos...




Olhos Tortos...

O corpo de tua alma
celebra meus abstratos,
quebra meus galhos
e ao meu se iguala
fluindo com meus ventos
e parolando com os meus
silêncios.
Rogo-te:sê de carne
e se te abafar a minha
voz,
foge para bem perto de
mim
onde habitam corações
fantasiados de
fantasmas.

A alma do teu corpo é
doce
e da minha gosta
e as duas se tostam
nos arredores de um
louco fogo de amor
azedando os nossos olhos
que hão de visitar-nos
tortos
naquelas horas santas
de nós dois...




Paulino Vergetti Neto

Publicado no Recanto das Letras em 02/01/2008
Código do texto: T799675

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