terça-feira, 25 de agosto de 2009

Blackout

Blackout

Desconhecia o princípio
das horas de febre e lágrimas.

Amores choraram ciúmes,
soltaram-se,
derramaram-se
em palavras.

Vagarosas,
passaram-se as horas.

Sem respostas às dádivas,
a vida tecia dúvidas
barulhando na alma.

O horizonte deixou marcas
sentindo tua pele.
O céu e o sol refletiam teus olhos,
Nos rituais de guerra.

Ao celebrar a vida,
teu suor regava
flores e pastos.

Em êxtases,
lambias os lábios dos dragões,
sorvias o calor e a fúria dos guerreiros.

Na tua ausência, não choramos.
Semeamos tuas sementes,
recolhemos teus frutos.

Raimundo Lonato

Blackout
(Para Cesar Gambirra.No mundo espiritual desde 5/08/09)

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