quarta-feira, 3 de março de 2010

QUALQUER





Qualquer

Qualquer coisa vira a madrugada a dentro.
Qualquer copo serve o vinho:
Qualquer coisa paralisa às mãos trêmulas,
apaga a palidez da pele fria e úmida.
Qualquer coisa atrai os ventos,
sopra o verde das folhas
quando amanhece o outono.
Qualquer coisa faço e bebo.
Um misto de pó mágico
com água de chuva
para acordar o amor amor
que anda vazio, triste e calado.
Qualquer luz ilumina cenários,
personagens celebram
o beijo de Apolo e Baco.

""Raimundo Lonato""

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