POEMA DESENHADO
Mario Quintana
No meio da página escrevo por acaso a palavra MENINA
e, à sua magia, um caminho abre-se
para ela andar
E como houvesse brotado a seus pés um arroio espiador,
uma ponte estendeu-se
para ela atravessar
Mas a menina
agora parou
e do meio da ponte namora encantadamente nas águas
a graça inacabada de seu pequenino rosto feito às pressas
Às pressas...
(nem tive tempo de lhe dar um nome)
A vida é assim
Meninazinha sem nome...
A vida nem da tempo para a Vida!
Lilian Regina de Andrade
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