PINTANDO A ALMA
Lucy Bortoni Nazaro
Um ontem esquecido na mente trouxe o dia... nova vida
pintada cortada colada pensada colorida permitida
um hoje conscientemente apareceu finalmente
viu o verde herdado preparado manchado e esquecido num repente.
Colorido de um vermelho malvado salgado molhado
deixado perdido sem sentido não revelado
peguei então meus pincéis olhei o azul sem cor de céu
e comecei minha tela retirando um imenso véu.
O cavalete era o vento que ajudava a trabalhar
inspirava a pincelada no seu lento soar
sem a pressa dos finitos imaginei começar
tinha tudo ali mesmo precisava apenas olhar.
Junto ao lado a inspiração compassada batia com o coração
bailavam nuvens copadas ao som de uma canção
estrelas se juntavam e riam de minhas tintas
na vingança colorida as transformei somente em pintas.
Anjos e asas e olhos e tronos sem donos se amontoavam
exibindo seu vigor me pedindo por favor...
mas eu queria o inusitado e esperei com muita calma
até que enfim descobri queria pintar a alma.
Guardei telas e tintas não levara as cores do infinito
o vermelho não seria, o verde não poderia
o azul pertence ao céu, o amarelo ao sol
o branco é da paz e até muito bonito.
o lias é para orquídeas mas e as cores do infinito?!
volto quando descobrir...
Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez
------------
Lilian Regina de Andrade
Nenhum comentário:
Postar um comentário