quinta-feira, 15 de julho de 2010

ESTRADA DESERTA

ESTRADA DESERTA

Sá de Freitas


Silêncio, nevoeiro, nada a frente,
A não ser a esperança, a ilusão,
De que além da curva o coração,
Possa encontrar o sol de um amor ardente.

Névoa fria... Quem dera um beijo quente,
Um carinho, um abraço com afeição,
Ou mesmo um pouco só de atenção,
Que me animassem o íntimo carente.

Mas nada encontro, nada vejo ou escuto,
O céu parece se cobrir de luto,
E eu perdido vou andando a esmo.

Mas de repente nessa caminhada,
Vejo que nada encontro em minha estrada,
Porque não me encontrei comigo mesmo.



Samuel Freitas de Oliveira
Avaré- SP-Brasil

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