O Tempo
Há quanto tempo
Eu perco tempo.
Em algum tempo,
Alguém falou do tempo?
Falar do tempo
Não é perder tempo.
Só pode o tempo
Passar no tempo.
O tempo é tempo
De todo o tempo.
Não perca tempo,
Pois este tempo
Não volta no tempo.
Um dia terá tempo
Pra lastimar o tempo
Que ficou no tempo...
Mas alguém do tempo
Vem, em tempo,
Interromper meu tempo,
Que escrevo do tempo;
Pede-me um tempo
Para dizer, com tempo,
Que só nesse tempo
Vai ter tempo.
Eu, sem tempo,
Dou-lhe um tempo...
E haja tempo
Pra quem tem tempo
Que fala a todo tempo,
Sem se incomodar com o tempo,
Nem com o meu tempo.
Assim, meu tempo
Ficou sem tempo.
Falei do tempo
A todo o tempo.
Será que algum tempo
Ficou fora do tempo?!
E, por falar do tempo,
Como vai o tempo?
- Responda a tempo.
... E acabou-se o tempo.
Fora do tempo:
“Quanto tempo
Foi gasto do seu tempo
Para a leitura do meu Tempo”?
Lairton Trovão de Andrade
A iniciativa pretende a maior divulgação de poemas e poesias, que circulam na Internet. Somente serão postados poemas e poesias com a identificação do autor ou autora, se você encontrar um poema ou poesia sua nesse blog e quiser divulgar sua biografia, contato e foto enviem e-mail para www.hernandez.aparecidodonizetti@gmail.com
quarta-feira, 24 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
Comandante dos Homens Livres
Comandante dos Homens Livres
Capitão Luiz Carlos Prestes,
general dos homens livres,
comandante revolucionário
do Exército Popular Brasileiro...
... às suas ordens, meu general!
Ordena, comandante, e nós obedeceremos,
porque sob seu comando
a coragem, a valentia do povo brasileiro.
O sangue mesclado de índios, negros e brancos,
em toda sua magnitude, terra, ferro, água e fogo: brasileiros!
Orgulhosamente brasileiros!
Acima de tudo, acima de todos: brasileiros!
Valentes, combatentes aguerridos. Nossa coragem
é do tamanho dos nossos rios, campos e florestas.
A brasa que ferve no sangue de escravos e explorados,
a brasa vermelha e líquida que corre nas veias
de cada irmão brasileiro: presente, meu general,
porque esta luta é a luta do povo
contra traidores a serviço dos estrangeiros!
Onde devemos atacar?
Em quem devemos atirar?
Quais os traidores da Pátria a serem justiçados
Pelas forças populares?
Ordena, meu general, porque hoje
tens em vossas mãos o mandato popular
da história mil vezes falsificada.
Sua marcha heróica cruza o país,
a mais longa marcha militar
da história da humanidade.
Sob fogo cerrado, enfrentando armas
mais modernas e poderosas
o guerrilheiro brasileiro resiste, e vence,
porque é índio, negro e branco:
três raças, três povos, unidos em um só!
Somos três vezes mais fortes,
três vezes mais poderosos
em qualquer campo de batalha.
Avante, meu general!
Porque brasileiros de todas as gerações
te contemplam e te aplaudem:
o povo em armas, guerrilheiros marchando,
o Brasil de pé, soberano e invencível!
Avante, meu general!
Porque a luta pela liberdade nunca termina
e estaremos sempre, no dia a dia, nas décadas futuras,
travando combates diários em defesa da nossa Pátria,
do nosso povo traído e marginalizado.
Caminhos que se cruzam em décadas futuras e passadas.
General dos homens livres, obrigado pelo exemplo,
Obrigado a cada soldado, cada oficial tombado em combate
Porque a luta nunca termina. Por isso escrevemos:
Avante, meu general, eternamente vivo e presente!
José Gil de Almeida
Capitão Luiz Carlos Prestes,
general dos homens livres,
comandante revolucionário
do Exército Popular Brasileiro...
... às suas ordens, meu general!
Ordena, comandante, e nós obedeceremos,
porque sob seu comando
a coragem, a valentia do povo brasileiro.
O sangue mesclado de índios, negros e brancos,
em toda sua magnitude, terra, ferro, água e fogo: brasileiros!
Orgulhosamente brasileiros!
Acima de tudo, acima de todos: brasileiros!
Valentes, combatentes aguerridos. Nossa coragem
é do tamanho dos nossos rios, campos e florestas.
A brasa que ferve no sangue de escravos e explorados,
a brasa vermelha e líquida que corre nas veias
de cada irmão brasileiro: presente, meu general,
porque esta luta é a luta do povo
contra traidores a serviço dos estrangeiros!
Onde devemos atacar?
Em quem devemos atirar?
Quais os traidores da Pátria a serem justiçados
Pelas forças populares?
Ordena, meu general, porque hoje
tens em vossas mãos o mandato popular
da história mil vezes falsificada.
Sua marcha heróica cruza o país,
a mais longa marcha militar
da história da humanidade.
Sob fogo cerrado, enfrentando armas
mais modernas e poderosas
o guerrilheiro brasileiro resiste, e vence,
porque é índio, negro e branco:
três raças, três povos, unidos em um só!
Somos três vezes mais fortes,
três vezes mais poderosos
em qualquer campo de batalha.
Avante, meu general!
Porque brasileiros de todas as gerações
te contemplam e te aplaudem:
o povo em armas, guerrilheiros marchando,
o Brasil de pé, soberano e invencível!
Avante, meu general!
Porque a luta pela liberdade nunca termina
e estaremos sempre, no dia a dia, nas décadas futuras,
travando combates diários em defesa da nossa Pátria,
do nosso povo traído e marginalizado.
Caminhos que se cruzam em décadas futuras e passadas.
General dos homens livres, obrigado pelo exemplo,
Obrigado a cada soldado, cada oficial tombado em combate
Porque a luta nunca termina. Por isso escrevemos:
Avante, meu general, eternamente vivo e presente!
José Gil de Almeida
sábado, 20 de junho de 2009
A Força da Palavra
A Força da Palavra
A palavra tem uma força descomunal...
contém uma energia, sobrenatural...
Tanto agride e desconcerta
quanto consola na hora certa...
Mal usada desencaminha e destrói
Bem aplicada, orienta e reconstrói...
precipitada, magoa e ofende
refletida, é escudo que defende...
Pode muito mais do que se imagina,
Deprime, mas acaba com a rotina;
Desfaz crenças e desperta a Fé;
Desencaminha e também orienta;
Liberta, aprisiona, apascenta...
Propala engodo, mostra verdade...
Expressa ódio, indiferença, calor
Liberando a energia nela contida
podemos modificar nossa vida,
externando positivamente
de forma clara e consistente
que queremos, podemos e devemos
Viver em Paz e com Amor!
Crendo, realizar-se-á,
Pela força que na Palavra há!
Lauro Kisielewicz
A palavra tem uma força descomunal...
contém uma energia, sobrenatural...
Tanto agride e desconcerta
quanto consola na hora certa...
Mal usada desencaminha e destrói
Bem aplicada, orienta e reconstrói...
precipitada, magoa e ofende
refletida, é escudo que defende...
Pode muito mais do que se imagina,
Deprime, mas acaba com a rotina;
Desfaz crenças e desperta a Fé;
Desencaminha e também orienta;
Liberta, aprisiona, apascenta...
Propala engodo, mostra verdade...
Expressa ódio, indiferença, calor
Liberando a energia nela contida
podemos modificar nossa vida,
externando positivamente
de forma clara e consistente
que queremos, podemos e devemos
Viver em Paz e com Amor!
Crendo, realizar-se-á,
Pela força que na Palavra há!
Lauro Kisielewicz
FANTASIAR A VIDA
FANTASIAR A VIDA
Caio Amaral
Às vezes é preciso:
Destravar as portas,
Abrir todas as janelas
Deixar o vento entrar
e desatar os cintos da insegurança
Às vezes é preciso:
Decolar num papagaio de papel
Assistir a terra de luneta
Comer pipoca sentado na lua
Escorregar pelas pontas das estrelas
Dançar no ventre dos planetas
Sonhar em outras galáxias e dar muitas risadas
com os desenhos formados pelas nuvens
Às vezes, é preciso:
Ficar só...
Com caneta, papel e lápis de cor
Anotar os erros cometidos e os sucessos obtidos
Ás vezes, também é preciso:
Colorir o coração
Colocar mais alegria no viver
Se encantar com o brilho da natureza
e não se esquecer dos sonhos...
Sempre é preciso:
Viver com felicidade
e muita paz no coração!
Caio Amaral
Às vezes é preciso:
Destravar as portas,
Abrir todas as janelas
Deixar o vento entrar
e desatar os cintos da insegurança
Às vezes é preciso:
Decolar num papagaio de papel
Assistir a terra de luneta
Comer pipoca sentado na lua
Escorregar pelas pontas das estrelas
Dançar no ventre dos planetas
Sonhar em outras galáxias e dar muitas risadas
com os desenhos formados pelas nuvens
Às vezes, é preciso:
Ficar só...
Com caneta, papel e lápis de cor
Anotar os erros cometidos e os sucessos obtidos
Ás vezes, também é preciso:
Colorir o coração
Colocar mais alegria no viver
Se encantar com o brilho da natureza
e não se esquecer dos sonhos...
Sempre é preciso:
Viver com felicidade
e muita paz no coração!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Cantança...
Cantança...
Canta a sabiá, gorgeiam os passaros,
Deito na cama que escolherei,
Na minha terra tem palmeiras,
Em minha terra tem 300 picaretas
Congressual, quero uma ideologia
Pra viver... meus inimigos estão no poder!
Mas prefiro ser um sapo que pode escolher.
Jogue-me no fogo, me joque no fogo...
Na lagoa não quero perecer...
Para a lagoa me jogastes...
Na presidencia vou permanecer!
Hernandez, Aparecido Donizetti
18/junho/2009 – 18h17
Canta a sabiá, gorgeiam os passaros,
Deito na cama que escolherei,
Na minha terra tem palmeiras,
Em minha terra tem 300 picaretas
Congressual, quero uma ideologia
Pra viver... meus inimigos estão no poder!
Mas prefiro ser um sapo que pode escolher.
Jogue-me no fogo, me joque no fogo...
Na lagoa não quero perecer...
Para a lagoa me jogastes...
Na presidencia vou permanecer!
Hernandez, Aparecido Donizetti
18/junho/2009 – 18h17
Cavaleiro da Esperança
Cavaleiro da Esperança(Leia no ritmo do Hino da Independência)
Já de novo está na luta
Nosso líder varonil
Já de novo Prestes vive
Junto ao povo do Brasil.
Prestes, Prestes, Prestes, Prestes
Esse grito em bocas mil
Cavaleiro da Esperança
Esperança do Brasil.
Música Revolucionária de 1935
Já de novo está na luta
Nosso líder varonil
Já de novo Prestes vive
Junto ao povo do Brasil.
Prestes, Prestes, Prestes, Prestes
Esse grito em bocas mil
Cavaleiro da Esperança
Esperança do Brasil.
Música Revolucionária de 1935
O Discurso de Prestes
O Discurso de Prestes
Eis que surge na tribuna
Finalmente o esquerdista
A imensa multidão
Para ele volve as vistas
Cheios de fé e coragem
Para ouvirem o comunista.
Estou unido ao povo brasileiro
E sinto o vosso sofrimento.
Sempre queria a luz, a verdade,
A unidade, harmonia, igualdade,
E progresso para o povo brasileiro.
Afirmou o Comunista
Prosseguindo o seu discurso
O Partido Integralista
Foi sempre um partido urso
Que queriam nesta guerra
Ver a derrota dos russos.
Se há de vir outro
Para a coisa piorar
Acho eu muito melhor
O velho mesmo ficar
Esta é a pura verdade
Que eu acabo de falar.
Foi este mais ou menos
O discurso do Comunista
Muita gente não gostou
Da ação do esquerdista
Que deu lição de moral
Ao Partido Integralista.
Cuíca de Santo Amaro
Eis que surge na tribuna
Finalmente o esquerdista
A imensa multidão
Para ele volve as vistas
Cheios de fé e coragem
Para ouvirem o comunista.
Estou unido ao povo brasileiro
E sinto o vosso sofrimento.
Sempre queria a luz, a verdade,
A unidade, harmonia, igualdade,
E progresso para o povo brasileiro.
Afirmou o Comunista
Prosseguindo o seu discurso
O Partido Integralista
Foi sempre um partido urso
Que queriam nesta guerra
Ver a derrota dos russos.
Se há de vir outro
Para a coisa piorar
Acho eu muito melhor
O velho mesmo ficar
Esta é a pura verdade
Que eu acabo de falar.
Foi este mais ou menos
O discurso do Comunista
Muita gente não gostou
Da ação do esquerdista
Que deu lição de moral
Ao Partido Integralista.
Cuíca de Santo Amaro
Epígrafe
Epígrafe
Eterno no mundo, amiga, só o povo e a memória
dos seus heróis e dos seus poetas. É curto o tempo
dos tiranos, é curta a noite da escravidão. E tão bela
é a manhã da liberdade que vale a pena morrer por ela,
dar a vida pela certeza de que ela vem, que chegará para os homens.
Mas, ah! Amiga, morrer é fácil, seja por uma mulher,
seja pela liberdade! Difícil é viver um vida de sofrimento e de luta,
sem desanimar e sem desistir, sem se vender, sem se curvar.
Mais que a morte, amiga, a liberdade pede a vida de cada um,
Todos os seus momentos, todas as suas forças.
Assim, fez Prestes, amiga, e assim o esta fazendo.
Tudo lhe ofereceram, não se vendeu. Todos os bens da vida na sua frente,
Não se vendeu. Tudo lhe fizeram, não se curvou. Todos os sofrimentos
Na sua frente, não se curvou.
Jorge Amado.
Eterno no mundo, amiga, só o povo e a memória
dos seus heróis e dos seus poetas. É curto o tempo
dos tiranos, é curta a noite da escravidão. E tão bela
é a manhã da liberdade que vale a pena morrer por ela,
dar a vida pela certeza de que ela vem, que chegará para os homens.
Mas, ah! Amiga, morrer é fácil, seja por uma mulher,
seja pela liberdade! Difícil é viver um vida de sofrimento e de luta,
sem desanimar e sem desistir, sem se vender, sem se curvar.
Mais que a morte, amiga, a liberdade pede a vida de cada um,
Todos os seus momentos, todas as suas forças.
Assim, fez Prestes, amiga, e assim o esta fazendo.
Tudo lhe ofereceram, não se vendeu. Todos os bens da vida na sua frente,
Não se vendeu. Tudo lhe fizeram, não se curvou. Todos os sofrimentos
Na sua frente, não se curvou.
Jorge Amado.
A Volta de Prestes
A Volta de Prestes
O lavrador fica alegre
vendo a lavoura brotando...
mas a terra não é sua
por isso ele está cobrando:
A volta de Prestes é
Nossa esperança voltando!
Rafael de Carvalho
Aliança Nacional Libertadora, Liderada por Luiz Carlos Prestes
Aliança Nacional Libertadora, Liderada por Luiz Carlos Prestes
Aliança Nacional
Segundo a organização,
Queria a Reforma Agrária.
Contrária à dominação
Econômica estrangeira,
Implantada na Nação.
No ano de trinta e cinco
Foi quando se organizou
Um movimento armado
Que conhecido ficou
Intentona Comunista
O governo dominou.
Devido esses movimentos,
Getúlio então recebeu
Apoio das Forças Armadas,
A qual lhe fortaleceu.
Comunista no poder
A mesma lhe concedeu.
Pedro Costa
Aliança Nacional
Segundo a organização,
Queria a Reforma Agrária.
Contrária à dominação
Econômica estrangeira,
Implantada na Nação.
No ano de trinta e cinco
Foi quando se organizou
Um movimento armado
Que conhecido ficou
Intentona Comunista
O governo dominou.
Devido esses movimentos,
Getúlio então recebeu
Apoio das Forças Armadas,
A qual lhe fortaleceu.
Comunista no poder
A mesma lhe concedeu.
Pedro Costa
Canto aos camaradas na prisão
Canto aos camaradas na prisão
Resistam companheiros!
Não cedam, meu amigos!
É preciso lutar, camaradas!
Resistam, camaradas!
Não é fácil... quem não o sabe?
Mas nós temos Prestes, companheiros.
Temos Lenin e Stalin.
Temos a classe operária,
O partido é a nossa revolução.
Ary de Andrade.
Resistam companheiros!
Não cedam, meu amigos!
É preciso lutar, camaradas!
Resistam, camaradas!
Não é fácil... quem não o sabe?
Mas nós temos Prestes, companheiros.
Temos Lenin e Stalin.
Temos a classe operária,
O partido é a nossa revolução.
Ary de Andrade.
Seus Olhos
Seus Olhos
Seus olhos – se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou –
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! – e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
(Almeida Garrett)
Seus olhos – se eu sei pintar
O que os meus olhos cegou –
Não tinham luz de brilhar,
Era chama de queimar;
E o fogo que a ateou
Vivaz, eterno, divino,
Como facho do Destino.
Divino, eterno! – e suave
Ao mesmo tempo: mas grave
E de tão fatal poder,
Que, um só momento que a vi,
Queimar toda alma senti...
Nem ficou mais de meu ser,
Senão a cinza em que ardi.
(Almeida Garrett)
quarta-feira, 17 de junho de 2009
Olhar...
Olhar...
" Olhas-me entre a surpresa e o desencanto
e eu fico embaraçado ante esse olhar:
nada podia perturbar-me tanto
como uns olhos roubados ao luar
das noites em que o tempo e o lugar
se faziam de espuma, luz e espanto.
Mas o que importa, sobre a ruinosa
erosão dos desenganos,
é esta força de quem ousa
amar-te acima do passar dos anos."
(Torquato da Luz)
" Olhas-me entre a surpresa e o desencanto
e eu fico embaraçado ante esse olhar:
nada podia perturbar-me tanto
como uns olhos roubados ao luar
das noites em que o tempo e o lugar
se faziam de espuma, luz e espanto.
Mas o que importa, sobre a ruinosa
erosão dos desenganos,
é esta força de quem ousa
amar-te acima do passar dos anos."
(Torquato da Luz)
Amanhã
Amanhã
Morreram? Quem disse se vivos estão!
Não morre a semente lançada na terra.
Os frutos virão.
Morreram? Quem disse, se vivos estão!
As flores de hoje, darão novos frutos.
Meus olhos verão.
Num dia, tão certo, tão claro, tão perto,
Verei pelas ruas o povo ondulado,
Marchando a cantar.
Nas mãos estandartes, a febre nos olhos,
Nos lábios palavras de claro sentido:
“Poder Popular!”
Figuras do povo nos grandes cartazes –
Euclides e Recchia, Honório, Angelina –
Que grande emoçaõ!
As flores caindo das altas janelas,
floridas também. E as palmas ecoando
No meu coração!
O nome de Prestes, num ritmo exato,
Por todos cantando, sonoro, sem manchas,
Na tarde a vibrar.
As flâmulas altas, de cores variadas,
Nos mastros subindo, descendo, ondulando,
E o vento a girar.
Mistura de vozes – de velhos, crianças,
De homens, mulheres, do povo nas ruas,
Do povo a cantar.
A grande alegria caindo dos olhos,
Das vozes, das flores, do dia sem nuvens:
“Poder Popular!”
Num dia, tão perto, tão claro, tão certo,
Meus olhos verão.
Não morre a semente lançada na terra.
Os frutos virão!
Lila Ripoll
Morreram? Quem disse se vivos estão!
Não morre a semente lançada na terra.
Os frutos virão.
Morreram? Quem disse, se vivos estão!
As flores de hoje, darão novos frutos.
Meus olhos verão.
Num dia, tão certo, tão claro, tão perto,
Verei pelas ruas o povo ondulado,
Marchando a cantar.
Nas mãos estandartes, a febre nos olhos,
Nos lábios palavras de claro sentido:
“Poder Popular!”
Figuras do povo nos grandes cartazes –
Euclides e Recchia, Honório, Angelina –
Que grande emoçaõ!
As flores caindo das altas janelas,
floridas também. E as palmas ecoando
No meu coração!
O nome de Prestes, num ritmo exato,
Por todos cantando, sonoro, sem manchas,
Na tarde a vibrar.
As flâmulas altas, de cores variadas,
Nos mastros subindo, descendo, ondulando,
E o vento a girar.
Mistura de vozes – de velhos, crianças,
De homens, mulheres, do povo nas ruas,
Do povo a cantar.
A grande alegria caindo dos olhos,
Das vozes, das flores, do dia sem nuvens:
“Poder Popular!”
Num dia, tão perto, tão claro, tão certo,
Meus olhos verão.
Não morre a semente lançada na terra.
Os frutos virão!
Lila Ripoll
terça-feira, 16 de junho de 2009
Ver
VER
novas linhas
entre os olhos
e as estrelas.
Encontrar-se.
Revelar segredos
às pedras
ouvindo
o mar.
Sonhar
flores
e
águas
lavando
manhãs.
Raimundo Lonato
novas linhas
entre os olhos
e as estrelas.
Encontrar-se.
Revelar segredos
às pedras
ouvindo
o mar.
Sonhar
flores
e
águas
lavando
manhãs.
Raimundo Lonato
terça-feira, 9 de junho de 2009
Marcha da Coluna
Marcha da Coluna
A Coluna vai na frente
Dos homens, das mulheres, das crianças.
A Coluna deita no leito dos rios,
A Coluna se levanta, rasga matas,
A Coluna vai na frente,
Vai mostrar o caminho ao país,
A Coluna marcha,
O povo diz que ela é de fogo,
A Coluna vai sempre na frente,
Nem sabe direito o que vai mostrar,
A Coluna marcha,
O povo conta com a Coluna,
A Coluna conta com o céu.
O governo faz promessa
Para a Coluna desaparecer.
Populações inteiras se penduram nela,
A Coluna vira coluna de homens,
A Coluna cresce, cria uma barba enorme,
A Coluna marcha
Na frente dos cavalos, das cidades, dos sertões,
Na frente das ondas, do fogo, das promessas,
A Coluna vai, a Coluna vai, a Coluna vai,
Não dá mais notícia
- Perdem a esperança –
Nunca mais que volta,
Nunca mais que vem.
Murilo Mendes.
A Coluna vai na frente
Dos homens, das mulheres, das crianças.
A Coluna deita no leito dos rios,
A Coluna se levanta, rasga matas,
A Coluna vai na frente,
Vai mostrar o caminho ao país,
A Coluna marcha,
O povo diz que ela é de fogo,
A Coluna vai sempre na frente,
Nem sabe direito o que vai mostrar,
A Coluna marcha,
O povo conta com a Coluna,
A Coluna conta com o céu.
O governo faz promessa
Para a Coluna desaparecer.
Populações inteiras se penduram nela,
A Coluna vira coluna de homens,
A Coluna cresce, cria uma barba enorme,
A Coluna marcha
Na frente dos cavalos, das cidades, dos sertões,
Na frente das ondas, do fogo, das promessas,
A Coluna vai, a Coluna vai, a Coluna vai,
Não dá mais notícia
- Perdem a esperança –
Nunca mais que volta,
Nunca mais que vem.
Murilo Mendes.
A Rede
A Rede
Quando eu vi, de longe, aquela rede muito branca,
Balançando docemente, balançando
Lá no alpendre deserto da fazenda,
Eu senti uma cousa bem aqui dentro do coração.
O luar, lá fora, ensaboava tudo,
Lavava os currais, lavava o terreiro,
Até ninguém ver mais.
Parecia uma noite de Natal, de tão branca,
Tão branca...
E, nisto, desci do meu cavalo, arfando.
“Boa noite!” Estava um velho; a longa barba toda
Cheia da espuma branca do sabão do luar:
“Moço, descanse. A rede”...
Obrigado.
“A rede é limpa. Nesta rede já descansou, já dormiu
Um soninho
O General Luiz Carlos Prestes”...
O luar, lá fora, iluminou mais alto.
A rede estava côncava,
Estava cheia de sonho ainda.
Prestes, decerto ali, sonhou
Um grande sonho para o Brasil...
Sidney Neto
Quando eu vi, de longe, aquela rede muito branca,
Balançando docemente, balançando
Lá no alpendre deserto da fazenda,
Eu senti uma cousa bem aqui dentro do coração.
O luar, lá fora, ensaboava tudo,
Lavava os currais, lavava o terreiro,
Até ninguém ver mais.
Parecia uma noite de Natal, de tão branca,
Tão branca...
E, nisto, desci do meu cavalo, arfando.
“Boa noite!” Estava um velho; a longa barba toda
Cheia da espuma branca do sabão do luar:
“Moço, descanse. A rede”...
Obrigado.
“A rede é limpa. Nesta rede já descansou, já dormiu
Um soninho
O General Luiz Carlos Prestes”...
O luar, lá fora, iluminou mais alto.
A rede estava côncava,
Estava cheia de sonho ainda.
Prestes, decerto ali, sonhou
Um grande sonho para o Brasil...
Sidney Neto
Deus e Eu no sertão
Deus e Eu no sertão
Nunca vi ninguém viver tão feliz
Como eu no sertão
Perto de uma mata e de um ribeirão
Deus e eu no sertão
Casa simplesinha, rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir
Deus e eu no sertão
Das horas não sei, mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão
Trabalho cantando, a terra é a inspiração
Deus e eu no sertão
Não há solidão, tem festa lá na vila
Depois da missa vou, ver minha menina
De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão
Deus e eu no sertão...
Victor Chaves
Nunca vi ninguém viver tão feliz
Como eu no sertão
Perto de uma mata e de um ribeirão
Deus e eu no sertão
Casa simplesinha, rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir
Deus e eu no sertão
Das horas não sei, mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão
Trabalho cantando, a terra é a inspiração
Deus e eu no sertão
Não há solidão, tem festa lá na vila
Depois da missa vou, ver minha menina
De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão
Deus e eu no sertão...
Victor Chaves
Piedade
PIEDADE
O coração de todo o ser humano
Foi concebido para ter piedade,
Para olhar e sentir com caridade
Ficar mais doce o eterno desengano.
Para da vida em cada rude oceano
Arrojar, através da imensidade,
Tábuas de salvação, de suavidade,
De consolo e de afeto soberano.
Sim! Que não ter um coração profundo
É os olhos fechar à dor do mundo,
ficar inútil nos amargos trilhos.
É como se o meu ser campadecido
Não tivesse um soluço comovido
Para sentir e para amar meus filhos!
CRUZ E SOUZA
O coração de todo o ser humano
Foi concebido para ter piedade,
Para olhar e sentir com caridade
Ficar mais doce o eterno desengano.
Para da vida em cada rude oceano
Arrojar, através da imensidade,
Tábuas de salvação, de suavidade,
De consolo e de afeto soberano.
Sim! Que não ter um coração profundo
É os olhos fechar à dor do mundo,
ficar inútil nos amargos trilhos.
É como se o meu ser campadecido
Não tivesse um soluço comovido
Para sentir e para amar meus filhos!
CRUZ E SOUZA
Transparência
TRANSPARÊNCIA
Josefa alteff
Remexi guardados,
arranquei memórias,
rasguei a couraça,
desnudei a alma
e cheguei no passado.
Na lucidez dos loucos
desvesti a saudade
e caminhei no espaço.
Nos retalhos de solidão,
soltei a emoção,
e é possível
que ainda torne a chorar.
Josefa alteff
Remexi guardados,
arranquei memórias,
rasguei a couraça,
desnudei a alma
e cheguei no passado.
Na lucidez dos loucos
desvesti a saudade
e caminhei no espaço.
Nos retalhos de solidão,
soltei a emoção,
e é possível
que ainda torne a chorar.
Se Amar é
"SE AMAR É"
Esta rosa sangrando dentro do peito?
Este vendaval rugindo na alma?
Este dia a dia vivendo de joelhos?
Prefiro o vazio
desfolhado pétala a pétala
num qualquer girassol !
O Sol ou o frio de qualquer estação !
A emoção de cada momento
sem direcção ou sentimento !
Se amar é este aprisionado tormento?
Eu quero mais, é gritar
LIBERDADE!
LIBERDADE!
sem a cruz nem o calvário
desta absurda saudade!
-LUIZA CAETANO-
(Lisboa in Versos)
Esta rosa sangrando dentro do peito?
Este vendaval rugindo na alma?
Este dia a dia vivendo de joelhos?
Prefiro o vazio
desfolhado pétala a pétala
num qualquer girassol !
O Sol ou o frio de qualquer estação !
A emoção de cada momento
sem direcção ou sentimento !
Se amar é este aprisionado tormento?
Eu quero mais, é gritar
LIBERDADE!
LIBERDADE!
sem a cruz nem o calvário
desta absurda saudade!
-LUIZA CAETANO-
(Lisboa in Versos)
Minha Outra Asa
Minha Outra Asa
Eda Carneiro da Rocha "Poeta Amor"
Não posso voar, como Anjo,
mas Deus criou o amor.
para que pudéssemos voar,
como um único ser.
Pegaríamos as nossas mãos
e seríamos apenas um, como Anjo,
a voar, neste céu azul,
encontrando nossa outra asa,
alma gêmea da nossa...
E, tentei este vôo...
Lancei-me neste Infinito,
te procurando e te achando,
Anjo que és, para segurar minhas mãos,
num momento extremo de Eterna Felicidade,
encontrei minha outra asa,
para ser feliz...
E voamos, agora, não em dois,
tranformamo-nos em apenas um
que se ama, se amarão nesta vida
pois somos humanos,
transformados em Anjos
em sublime elevação...
Eda Carneiro da Rocha "Poeta Amor"
Não posso voar, como Anjo,
mas Deus criou o amor.
para que pudéssemos voar,
como um único ser.
Pegaríamos as nossas mãos
e seríamos apenas um, como Anjo,
a voar, neste céu azul,
encontrando nossa outra asa,
alma gêmea da nossa...
E, tentei este vôo...
Lancei-me neste Infinito,
te procurando e te achando,
Anjo que és, para segurar minhas mãos,
num momento extremo de Eterna Felicidade,
encontrei minha outra asa,
para ser feliz...
E voamos, agora, não em dois,
tranformamo-nos em apenas um
que se ama, se amarão nesta vida
pois somos humanos,
transformados em Anjos
em sublime elevação...
segunda-feira, 8 de junho de 2009
Morena-Flor
MORENA-FLOR
Wanderlino Arruda
Linda morena,
Que encanto é você!
Alegre, felina, dengosa,
Você é mais, muito mais que uma rosa
Num belo jardim.
Você é luz que traduz
Felicidade pra mm!
Oh! Que beleza,
Que encanto é você
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Poema do Cavaleiro
Poema do Cavaleiro
Quem é esse que cavalga noites, dias,
No lombo do ideal, pelas estradas
Compridas, tortas, íngremes, trancadas
Pela opressão brutal das tiranias?
Quem é esse que não teme ventanias,
Nem tufões, tempestades, enxurradas?
Que tem no peito o sol das alvoradas
Redentoras? Por certo que é o Messias?
Quem é esse que não para um só momento?
Que luta, e luta, e não descansa?
Quem é esse, cuja voz é sempre mansa,
E mansa abala o próprio firmamento?
Quem é esse, que no rosto cor-de-criança
Doentinha, os olhos têm do sofrimento?
É o grande Cavaleiro da Esperança!
- É o Cavaleiro do Universo! É o bravo,
O destemido defensor do escravo,
Dos fracos e oprimidos: dos sem nome!
É o velho Cavaleiro, sempre novo
No ideal potentíssimo do povo
Que não quer guerra nem morrer de fome!
É o Cavaleiro, pelo povo eleito,
Da esperança! E que, de aberto peito,
Cavalga pelo bem e contra o mal!
É o Cavaleiro terra e liberdade!
É o Cavaleiro pão, paz e igualdade!
É a Esperança! O Messias! O Ideal!
Miranda de Castro
Quem é esse que cavalga noites, dias,
No lombo do ideal, pelas estradas
Compridas, tortas, íngremes, trancadas
Pela opressão brutal das tiranias?
Quem é esse que não teme ventanias,
Nem tufões, tempestades, enxurradas?
Que tem no peito o sol das alvoradas
Redentoras? Por certo que é o Messias?
Quem é esse que não para um só momento?
Que luta, e luta, e não descansa?
Quem é esse, cuja voz é sempre mansa,
E mansa abala o próprio firmamento?
Quem é esse, que no rosto cor-de-criança
Doentinha, os olhos têm do sofrimento?
É o grande Cavaleiro da Esperança!
- É o Cavaleiro do Universo! É o bravo,
O destemido defensor do escravo,
Dos fracos e oprimidos: dos sem nome!
É o velho Cavaleiro, sempre novo
No ideal potentíssimo do povo
Que não quer guerra nem morrer de fome!
É o Cavaleiro, pelo povo eleito,
Da esperança! E que, de aberto peito,
Cavalga pelo bem e contra o mal!
É o Cavaleiro terra e liberdade!
É o Cavaleiro pão, paz e igualdade!
É a Esperança! O Messias! O Ideal!
Miranda de Castro
É urgente viver...
É urgente viver...
É urgente viver, prosseguir, crescer,
sem nunca esquecer,
que a nós compete, a cada amanhecer,
renovar esperanças, acreditar no amanhã
sem o medo de morrer...
Precisamos, no mundo, fazer nossa parte !
Tudo é uma questão de arte...
Dediquemo-nos, portanto,
a cumprir nossa Missão,
buscando de todas as formas
ajudar ao nosso irmão...
Ter na alma a alegria,
na ação, boa intenção...
No coração, o amor,
e da Vida, sermos co-criador...
Possamos nossa parte fazer,
sem nunca nos esquecer,
que o Tempo, acelerado, passa...
É URGENTE VIVER !
Lúcia - Lms
É urgente viver, prosseguir, crescer,
sem nunca esquecer,
que a nós compete, a cada amanhecer,
renovar esperanças, acreditar no amanhã
sem o medo de morrer...
Precisamos, no mundo, fazer nossa parte !
Tudo é uma questão de arte...
Dediquemo-nos, portanto,
a cumprir nossa Missão,
buscando de todas as formas
ajudar ao nosso irmão...
Ter na alma a alegria,
na ação, boa intenção...
No coração, o amor,
e da Vida, sermos co-criador...
Possamos nossa parte fazer,
sem nunca nos esquecer,
que o Tempo, acelerado, passa...
É URGENTE VIVER !
Lúcia - Lms
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