Aparecido Donizetti Hernandez
A JANELA
Valdir Merege Rodrigues
O vento bateu na janela
tão discretamente,
que no repente,
apanhado em angúsitas do pensar
sorri... Sorri pra janela!
Quando a janela está fechada
esconde a fachada, fico triste,
quase nada existe
que possa precisar a vida
além da janela trancada.
Quando a vejo aberta corro sorrindo,
um minuto, ensejo de felicidade,
que pra minha infelicidade
tão depressa tornou-se a fechar...
- Maldade! Gritei ao momento findo!
A janela trancada sente o vento
e o sentimento passa de mansinho
e me fala baixinho:
- A vida lhe será um eterno gritar
de gritos mudos pelas vagas do tempo!
Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez
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Lilian Regina de Andrade
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