LUAR DO SERTÃO
Catulo Da Paixão Cearense
Não há, oh gente
oh não,
Luar
Como esse do sertão.
Oh que saudade
Do luar da minha terra
Lá na serra branquejando
folhas secas pelo chão.
Este luar cá da cidade
Tão escuro
Não tem aquela saudade
Do luar lá do sertão.
Não há, oh gente...
Se a lua nasce
Por detrás da verde mata
Mais parece um sol de prata
Prateando a solidão.
E a gente pega
Na viola que ponteia
E a canção
É a lua cheia
A nos nascer do coração.
Não há, oh gente...
Coisa mais bela
Neste mundo não existe
Do que ouvir-se um galo triste
No sertão, se faz luar.
Parece até que a alma da lua
É que descanta
Escondida na garganta
Desse galo a soluçar.
Não há, oh gente...
Ah, quem me dera
Que eu morresse lá na serra
Abraçado à minha terra
E dormindo de uma vez.
Ser enterrado
Numa grota pequenina
Onde à tarde a sururina
Chora a sua viuvez.
Não há, oh gente...
http://www.youtube.com/watch?v=4TDreOto7qU&feature=related
Marcas Poéticas - direito autoral de Aparecido Donizetti Hernandez
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Lilian Regina de Andrade
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