segunda-feira, 18 de outubro de 2010

VOO CEGO



VOO CEGO



O poema que lateja em mim
tende ao invisível.
Depois de tanto balanço,
idas e vindas,
buscas inimagináveis
pelo contorno perfeito,
- lá vai ele –
cavar seu espaço no mundo dos olhos
ouvidos e sentimentos.
Sem nenhuma garantia, irrompe e nasce...
O escuro é a luz que o espera
e o deserto de almas...seu desafio maior.
Quantas surpresas o aguardam!
Ninguém prepara o poema para ser preterido
ou trocado por um voo cego, na noite.

Basilina Pereira

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