MUDANÇAS
A roda gira ante meus olhos
e não sei aonde ela vai parar.
Há estrelas sob meus pés
e jazidas em minha mãos.
Nada justifica a tristeza que canta,
a não as flores que não se abriram.
Estou atordoada: a velocidade me ultrapassa.
Sei que hoje algo será inventado:
- sempre o bombardeio do novo -
mas sobram olhos aflitos atrás das lentes!
Não conheço mais as cores e sou tão outra dentro da mesma,
até sofro de tremores nos dedos.
Ainda bem que o amor não muda!
Basilina Pereira
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