segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O LIMIAR

O LIMIAR


O que restou de uma vida que se desintegrou?
Será que alguém apanhou sua luz,
decorou seu poema favorito
e guardou sua canção antiga?
Ah! os filhos!
De onde vêm? Para onde vão?
Ignorados...amados... estão vivos.
Estão?
A morte é a certeza do dia,
sob o ranger das dobradiças:
pedaço de céu,
pedaço de dor...
Ah! se ao menos os meus versos
ecoassem entre os teus passos...
qualquer pegada...mesmo longe...
só para lembrar um pouco a eternidade.

Basilina Pereira

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