segunda-feira, 23 de julho de 2007

Estrela da tade


Estrela da tarde

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti,
tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca tardando-lhe o beijo morria.

Quando à boca da noite surgiste na tarde qual rosa tardia
Quando nós nos olhámos,
tardámos no beijo que a boca pedia
e na tarde ficámos, unidos, ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia.

José Carlos Ary dos Santos

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