quarta-feira, 2 de junho de 2010

ROMÂNTICA

Romântica

Delasnieve Daspet


Quando te vejo fica a pergunta: me vês, também?
Não sou assim - mas pego-me querendo compartilhar contigo
Os meus mais profundos sonhos,
As noites frias e solitárias,
O meu universo interior...

O sangue corre rápido acelerando a pulsação,
E de tanto amor - já não tenho forças para gritar,
E o meu canto se dilui em salgadas gotas
Que brilham no meu olhar...

A melodia é mais um lamento do bardo
Que se esconde em seus conflitos internos
Usando-os como escudo, uma defesa, uma arma contra o desamor.

E o poeta se oferece em letras,
Pois o que ele escreve e canta é a dor de sua alma...
Porque não vens com teu olhar afagar minhas noites insones,
Tocar meu corpo,
Brincar comigo,
Sorrir meu riso,
Por quê?

Sou louca, triste, desiludida?
Sou tudo e sou nada?
Sou eu - quando busco em mim
As coisas como são ou como deveriam ser?

Cantando o maior sentimento que existe,
Sou como o sereno que cai na madrugada,
Prenunciando o alvorecer...

Nenhum comentário: