Quase Uma Canção Para Hoje
Não digo poemas inspirados no futuro.
Quem dirá numa hora dessas,
quando lunáticos aplaudem
a volta do verde das árvores?
Recordo passados espalhados
entre folhas mortas
no asfalto das megalópolis.
Perfumadas, as horas passam.
Definem estrelas, alinham-se
no horizonte dos olhos.
Desfilam almas no escuro das salas.
Não tenho medo.
Tenho o riso largo e farto.
Aspiro o vermelho dos teus lábios
e solto a paixão
guardada colada no peito.
Passa o amor na claridade dos desejos.
Canto ao mar,ao tempo, ao vento.
Sei que a vida vai e volta
abaixo do sol de cada dia.
Raimundo Lonato
Nenhum comentário:
Postar um comentário