terça-feira, 27 de abril de 2010

OLHO ALÉM E NADA VEJO


OLHO ALÉM E NADA VEJO
Elisabeth Misciasc
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Faço do meu silêncio a contestação
Percebo que em cada volta ou em cada ida,
Olhava além, mas nada via... Sangrando o coração
Chorei baixinho a antecipada dor da partida..,
Lágrimas que jamais secarei, nem tão pouco compreenderei
Tanto Adeus que não se explica, onde não quero aceno nem despedida
Tentando acreditar que amanhã ao despertar
Tudo será como antes, feito pesadelo, ou uma noite perdida
E não haverá nesse mundo ninguém em lamento chorar
Eu preciso confiar ,que sempre haverá volta em cada ida
Que meu silêncio tem razão, que tudo se pode resgatar...
Porque movida de emoção, me rebelo sem guarida
Fingindo que a realidade é ficção, não é a verdade em mim reprimidaa,
Diante de minha impotência, numa cruel ingenuidade
Olho além e nada vejo... Apenas vejo um vazio que critico
E o partir “num vôo único”...
Transformando-se em saudades.

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