Coisas da Alma
São coisas mágicas
Da alma
Nesse momento perdido
Insone madrugada
Compor poema
A partir do nada
Estéril em sentimento
Procuro refúgio
Numa ponta de saudade
Que aqui dentro arde
Nem sei de que ou de quem
E nela me agarro
Feito tábua de salvação
Minha vida é escrever...
Em mar bravio
Nado contra as ondas
Da inspiração arredia
Escapulindo de mim
Respiro
Vejo tulipas e versos
Jasmins em ramalhetes
De súbito brotando
No papel em branco
E na rosa dos ventos
Encontro ternos beijos
Lambuzando meus lábios
Em tons carmim
Já não me afogo
Redobro o fôlego e contemplo ilhas
De pura poesia
Saudades de que ou de quem?
Nem sei, tampouco me importa
Se credes mentira ou verdade
Eterno querer ou nuvem desvanecida
Calmaria ou tempestade
Impelido por tufões
Sou atirado de encontro a rochedos
E nado em direção ao Sol
Bem além, no horizonte
Que brilha dourado
E mergulha sereno
No mar azul
Rob Azevedo
Nenhum comentário:
Postar um comentário