Filha do vento
Solta na madrugada,
Sou filha do vento
Brisa leve, de sopro lento
Levito em pensamento
Flutuo em cálidos desejos
Ardentes de muita paixão
Excito-me ao soprar em ti
Não pode me ver, só sentir
Sopro teus cabelos, arrepio
Faço-te homem afoito inconcusso
Penetro teus pensamentos
Tomo posse do teu leme
Te governo, desgoverno,
Indico o sentido, o caminho
Desesperado, tenta sucumbir
Desviar o pensamento
Relembrar outro momento
Inútil!
Enfeitiçado, embriagado, fracassa!
Continuo soprando em ti
Sou eu, filha do vento
Não há como fugir...
Silvana Cervantes
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