terça-feira, 26 de junho de 2007

Filha do vento

Filha do vento


Solta na madrugada,
Sou filha do vento
Brisa leve, de sopro lento
Levito em pensamento
Flutuo em cálidos desejos
Ardentes de muita paixão
Excito-me ao soprar em ti
Não pode me ver, só sentir
Sopro teus cabelos, arrepio
Faço-te homem afoito inconcusso
Penetro teus pensamentos
Tomo posse do teu leme
Te governo, desgoverno,
Indico o sentido, o caminho
Desesperado, tenta sucumbir
Desviar o pensamento
Relembrar outro momento
Inútil!
Enfeitiçado, embriagado, fracassa!
Continuo soprando em ti
Sou eu, filha do vento
Não há como fugir...

Silvana Cervantes

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