terça-feira, 28 de setembro de 2010

SEM ENDEREÇO



SEM ENDEREÇO



O silêncio enche o quarto.
Fecho o livro de sonetos:
tão certinhos!
Quisera fossem assim meus sentimentos.
Mas não, esses transbordam,
qual pássaro que cai do ninho.
Quase chego a ouvir suas vibrações:
estou nelas ou elas estão em mim?
Com autonomia, andam, correm, atropelam...
Sempre em busca dos sonhos,
só se esquecem de que eles não têm endereço.



Basilina Pereira

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