Blackout
Desconhecia o princípio
das horas de febre e lágrimas.
Amores choraram ciúmes,
soltaram-se,
derramaram-se
em palavras.
Vagarosas,
passaram-se as horas.
Sem respostas às dádivas,
a vida tecia dúvidas
barulhando na alma.
O horizonte deixou marcas
sentindo tua pele.
O céu e o sol refletiam teus olhos,
Nos rituais de guerra.
Ao celebrar a vida,
teu suor regava
flores e pastos.
Em êxtases,
lambias os lábios dos dragões,
sorvias o calor e a fúria dos guerreiros.
Na tua ausência, não choramos.
Semeamos tuas sementes,
recolhemos teus frutos.
Raimundo Lonato
Blackout
(Para Cesar Gambirra.No mundo espiritual desde 5/08/09)
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