Estava a sonhar diante a um jardim.
Quando que como por descuido notei...
Orvalhos cristalinos a rolar por uma flor.
Imitando cascatas ou lágrimas de amor!
Púrpura como as tardes de crepúsculo.
Veludas pétalas em cativantes fragrâncias,
Envolvem a brisa em um terno namoro.
Convidando a alma, num festival de cores.
A suspirar em êxtase de loucas aventuras...
Imaginei-me sendo a gota, cristalina a deslizar.
Tatuando em minha alma teu doce prazer de mulher,
Percorrendo em devaneios a divindade de teu corpo...
Teu perfume assim como os da rubra flor,
Envolve a brisa que alucinada pede ao vento...
Gravar entre as inesquecíveis epopéias de amores,
Nossos sonhos, de irreverentes e eternos amantes!
(Thomaz Barone Neto)
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